Foi levado a júri popular nessa terça-feira, 9, Hélio Oliveira Reis, acusado de participar do assassinato de Max Adriano Carvalho da Silva, ocorrido em agosto de 2014, na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP). Hélio e outro dois comparsas, que dividiam a mesma cela, chegaram a simular o suicídio da vítima para encobertar o assassinato. O conselho de sentença acolheu todos os apontamentos alegados pelo Ministério Público Estadual (MPE), que culminou na pena de 17 anos e 9 meses de reclusão.
Segundo a denúncia criminal, na data dos fatos, Ademir Prestes dos Santos (falecido) atraiu Max até o banheiro, local onde desferiu neste uma gravata, enquanto Hélio o segurou pelas pernas a fim de que não se debatesse. Ato contínuo, Werdelis de Castro (também falecido) estrangulou a vítima com uma corda tipo “tereza”. Após cometerem o crime, os envolvidos simularam um suicídio, pendurando o corpo de Max na janela do banheiro da cela.
Consta dos autos, que o motivo do crime teria sido o envolvimento amoroso de Max com um travesti de nome Leonardo, também preso, pois este último já matinha relacionamento com Ademir. Além disso, Max havia denunciado à coordenação do presídio que Hélio e os demais estavam cavando um túnel no banheiro da cela com a finalidade de empreender fuga.
Durante o julgamento, o promotor de Justiça Rogério Mota, sustentou as qualificadoras de emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, todas reconhecidas pelos jurados. Na aplicação da pena, o juiz levou em consideração a reincidência e agravou a pena de Hélio em 1 ano e 3 meses, perfazendo um total de 17 anos e 9 meses. (Com informações da ascom do MPE-TO)