O deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM) voltou à Tribuna da Assembleia nesta quinta-feira, 25, mas desta vez o alvo foi o Executivo. O parlamentar fez a defesa de uma reforma administrativa por meio de uma auditagem do funcionalismo, não pela junção de pastas. “Auditar com transparência a folha de pagamento é uma das primeiras ações de uma reforma administrativa”, decretou. O político democrata ainda questionou um contrato de R$ 10 milhões por ano para vigiar máquinas e o alto número de prédios alugados pelo governo. Apesar das manifestações, ponderou: “Não estou fazendo um discurso de oposição”.
Em nota, Eduardo Siqueira Campos reforçou que a defesa da auditoria da folha foi uma maneira de “contribuir com a gestão para que injustiças não aconteçam” quando o Executivo decidir adotar medidas para reenquadrar o Estado. “Ou seja, realize cortes no número de servidores”, prevê.
“Todos nós sabemos que desde que assumiu o Estado, o governador Mauro Carlesse esteve impedido de realizar demissões e contratações. É também público que ele herdou uma folha de pagamento que consumia mais de 58% da arrecadação, tendo ainda nesse mandato tampão conseguido reduzir para 55% desta receita”, destaca ainda o deputado estadual reeleito.
Por fim, Eduardo Siqueira diz que o alerta que fez é de “um companheiro” que “tenta ajudar a gestão”. “Entendo que não se ajuda sem antes demonstrar uma mentalidade construtiva, agregadora e que pode ser apoiada”, discorre o democrata, acrescentando que vê a auditoria como uma forma de não prejudicar aqueles que realmente trabalham pelo Estado.
Leia abaixo a íntegra:
“Nota – Auditoria na Folha de Pagamento
Em relação ao pronunciamento que fiz na manhã desta quinta-feira, 25, no plenário da Assembleia Legislativa, quero esclarecer que minha solicitação para que seja feita uma auditoria na folha de pagamento do Estado é uma forma de contribuir com a gestão para que injustiças não aconteçam, quando o Governo decidir implementar medidas para o reenquadramento das contas públicas na Lei de Responsabilidade Fiscal. Ou seja, realize cortes no número de servidores.
Todos nós sabemos que desde que assumiu o Governo do Estado, o governador Mauro Carlesse esteve impedido de realizar demissões e contratações. É também público que ele herdou uma folha de pagamento que consumia mais de 58% da arrecadação do Estado, tendo ainda nesse mandato tampão conseguido reduzir para 55% desta receita. Mesmo assim, o Tocantins segue acima do limite legal estabelecido que é de 49%.
O alerta que faço é de um companheiro que tenta ajudar a gestão a construir bases sólidas para o novo Governo que terá início em 1º de janeiro. E entendo que não se ajuda sem antes demonstrar uma mentalidade construtiva, agregadora e que pode ser apoiada. Por isso, minha sugestão é que seja tomada uma decisão justa em relação aos servidores que prestam serviços e a manutenção deles seja confirmada. No entanto, aqueles que apenas constam na folha, mas que não derramam suor pelo bem do Estado, esses sim, sejam retirados, pois a sociedade não pode carregar esse peso e está claro pelas contas do Estado, que não é mais possível manter esse tipo de prática. Como bem disse o grande Martin Luther King: “O que me preocupa *não é o grito dos maus*, mas o silêncio dos bons”.
Eduardo Siqueira Campos
Deputado Estadual”