Como o CT antecipou, o governador Mauro Carlesse (PHS) almoçou no Palácio Araguaia com o deputados estaduais da atual e da próxima legislatura. Carlesse disse que não quer que se prolongue mais a discussão sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que eleva o subteto do funcionalismo estadual. A pedido do autor, Nilton Franco (MDB), a matéria foi retirada da pauta desta quarta-feira, 31, e a votação transferida para semana que vem.
Porém, o governador pediu para que os parlamentares coloquem a matéria na pauta da tarde desta quarta-feira e a derrubem, o que será atendido. Afinal, como o CT afirmou no Bom Dia, os deputados veem o aumento do subteto como inoportuno pelo momento vivido pelo Estado.
O único que se colocou contra foi o recém-eleito Fabion Gomes (PR), que é auditor fiscal, categoria que tem defendido com garra a proposta. Fabion chegou a se irritar no debate do almoço, mas logo se acalmou e o clima voltou à amistosidade que dominou as conversas durante todo o regabofe.
Só não participaram do almoço os deputados eleitos Nilton Franco, Júnior Geo (Pros) e Valdemar Júnior (MDB).
A PEC elevaria o limite máximo de salário do serviço público estadual, que deixaria de ter como referência o ganho do governador (R$ 24 mil) para se igualar ao do desembargador do Tribunal de Justiça (R$ 30.471,11).
Num relatório que fez, o deputado estadual Ricardo Ayres (PSB) concluiu que a proposta irá beneficiar de imediato 1.024 servidores de quatro categorias, com incremento mensal em folha de pessoal de R$ 3,7 milhões e cerca de R$ 50 milhões por ano. Já o impacto no orçamento será de 1,19%, prevê o pessebista.
Por isso, a PEC preocupa o governador, que afirmou aos deputados que quer reequilibrar as contas do Estado até meados do ano que vem.