O Diário Oficial do Estado desta segunda-feira, 19, também trouxe a rescisão unilateral do contrato da Secretaria da Saúde (Sesau) com a Sancil Sanantonio Construtora e Incorporadora, alvo da Operação Expurgo da Polícia Civil (PC) que apura crimes relacionadas ao depósito irregular de 180 toneladas de resíduo do Hospital Regional de Araguaína (HRA). O processo prevê o pagamento à empresa, que segundo o próprio governo, ainda não teria recebido qualquer valor.
Em nota enviada à imprensa após a deflagração da Operação Expurgo, a Sesau relatou empecilhos com a Sancil, citando que apesar dela ser obrigada a apresentar relatórios para comprovar a correta realização do serviço, nunca os apresentou. O governo fala que chegou a notificá-la em agosto cobrando a prestação de contas, o que nunca teria acontecido. Por conta disto, a secretaria garantiu na época nunca ter feito qualquer pagamento.
Apesar da Sesau ter relatado a falta de comprovação da correta realização dos serviços pela qual foi contratada, o processo de rescisão unilateral do contrato prevê pagamento a Sancil. “As publicações devidamente autorizadas e efetuadas e que, eventualmente ainda não tenham sido faturadas pela contratada [Sancil] ao contratante [Sesau], serão pagas na forma da lei, assim que seja possível à contratada efetuar e enviar o faturamento à contratante”, discorre o ato.
Alvo da Operação Expurgo, a Sancil Sanantonio tem entre os sócios o ex-juiz eleitoral João Olinto, pai do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB), que foi líder do governo na Assembleia Legislativa até a repercussão das investigações. O caso ganhou mais destaque com a dispensa do delegado Bruno Boaventura da função de chefia regional de Araguaína, que era responsável pelas investigações. Com a exoneração, a cúpula da Secretaria de Segurança Pública entregou os cargos ao governador.