Uma enorme saia justa na Câmara de Palmas. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analisou na tarde desta sexta-feira, 19, o projeto de lei do vereador Tiago Andrino (PSB) que torna mais abrangente a Lei da Ficha Limpa de 2014, de autoria do vereador Lúcio Campelo (PR). O oposicionista Diogo Fernandes (PSD) apresentou uma emenda que proíbe a nomeação em cargos de confiança no Executivo e Legislativo de pessoas com condenação pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e câmaras municipais em qualquer esfera da Federação.
Essa norma atinge em cheio o deputado estadual Júnior Evangelista (PSC), nomeado na segunda-feira, 15, secretário de Habitação, na manobra do Paço para conseguir um voto na Câmara para construir maioria na Casa. Acontece que o parlamentar está inelegível, com base na Lei da Ficha Limpa, por ter as contas reprovadas pela Câmara de Miracema em agosto, o que o impede, por exemplo, de disputar a reeleição na AL.
Aí entra a saia justa de Andrino, e o parlamentar teve que pedir vistas na emenda de Diogo. A oposição domina a CCJ, com três membros contra dois para a base do governo. Andrino disse ao blog que em nenhum momento se sentiu constrangido e que estranhou o fato de ter sido convocado somente às 12h20 para uma sessão que começaria às 13h30. Ele contou ter pedido vistas porque a emenda modificativa é muito extensa e precisa ser avaliada.
Manobra
A posse de Evangelista na Habitação foi fundamental para o Executivo conseguir o voto que faltava para construir maioria na Câmara, onde a oposição contava com 10 votos e o Paço com 9. Com o parlamentar na secretaria, o oposicionista Ivory de Lira (PPL), suplente de deputado, assumiu na AL e Moisemar Marinho (PDT), amasthista, foi para a Câmara, invertendo o placar, 10 a 9 para a prefeitura.