O consórcio Cais Mauá arrecadou um total de R$ 120 milhões desde sua criação, mas R$ 90 milhões encontram-se bloqueados desde a Operação Gatekeeper, da Polícia Federal. A informação é da reportagem do site Sul 21, que entrevistou novo presidente da empresa, Eduardo Luzardo. O projeto de revitalização dos antigos armazéns portuários de Porto Alegre recebeu do Instituto de Previdência Social dos Servidores de Palmas (PreviPalmas) um total de R$ 30 milhões, mas as obras sequer começaram. Uma nova projeção foi anunciada.
A Prefeitura de Porto Alegre entregou a licença de instalação ao consórcio Cais Mauá do Brasil ainda em dezembro de 2017, autorizando o grupo a realizar as obras de revitalização dos antigos armazéns. Três meses depois, em março de 2018, o governo do Rio Grande do Sul assinou a ordem de início dos trabalhos, que começariam no mesmo mês. As obras, no entanto, nunca começaram, relata o site Sul 21. Apenas uma limpeza da área teria sido feita, mas a Operação Gatekeeper em abril daquele ano travou avanços.
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Em uma nova programação, o consórcio quer disponibilizar ainda este ano instalações temporárias de lazer, entretenimento e gastronomia, chamadas de Marco Zero, que serão empregadas em uma estratégia para atrair investidores para garantir a revitalização, orçada em R$ 90 milhões, exatamente o valor bloqueado após operação da Polícia Federal. O prazo inicial para este Marco Zero ter sido finalizado venceu já em 26 de março. O novo cronograma projeta a finalização desta etapa somente no segundo semestre deste ano, por volta de setembro.
Conforme relatou o Sul 21, com a mudança da gestão do fundo do Cais Mauá da Reag Investimentos para a LAD Capital, a intenção agora é deixar de contar com aplicações de sistemas previdenciários e voltar o olhar para empreendedores privados.