O presidente da Federação do Comércio do Tocantins (Fecomércio), Itelvino Pisoni, defendeu que o Estado precisa investir em infraestrutura para ganhar credibilidade, a confiança do empreendedor e se encontrar com o desenvolvimento. Segundo ele, isso vale para que a produção local possa ser transformada aqui e o Tocantins deixe de ser um mero corredor viário, e até para o fortalecimento do turismo, setor em que, para Pisoni, o Estado ainda dá os primeiros passos. “Tudo parte do princípio da credibilidade”, pregou o líder empresarial, convidado do quadro “Entrevista a Distância”.
Ele disse que a transformação da produção no próprio Estado também está muito incipiente. “Temos que envidar esforços para que a transformação ocorra aqui, para que a produção seja transformada e consumida aqui”, defendeu.
Para isso, contudo, receitua o empresário, é preciso investir. “Fazer manutenção das rodovias, abrir novas rodovias, asfaltar rodovias. Fazer com que a iniciativa privada se sinta com autoconfiança para investir”, afirmou.
Sobre o turismo, Pisoni lembrou que nossos atrativos são conhecidos mundialmente, caso do Jalapão, mas a estrutura que oferecem é muito aquém do mínimo necessário para bem receber os visitantes. “Quando recebemos alguém da Europa, ele vem com espírito de aventura, mas precisa ter condições de ser bem recebido, um certo conforto, para que possa passar a boa experiência que teve aqui para outras pessoas, o que não está acontecendo hoje”, avaliou.
Segundo o presidente da Fecomércio, as dificuldades de locomoção para chegar e para sair do Jalapão são muitas. “Esse é o ponto principal: infraestrutura, que precisamos fazer urgente”, defendeu.
Para isso, ponderou, o Estado precisava fazer a lição de casa: o enxugamento da máquina e conseguir acesso a crédito. Pisoni disse que nos últimos anos o governo se comprometeu gastando acima do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Sobre o ajuste feito pelo governo Mauro Carlesse (PHS) em janeiro, ele disse que as medidas são bem-vindas, mas poderiam ter ido além do enxugamento de cargos e reduzido ainda mais a estrutura da máquina, com fusões e extinção de pastas.
Assista a seguir a íntegra da entrevista com o presidente da Fecomércio, Itelvino Pisoni: