O CT conversou por telefone no final da tarde desta quinta-feira, 30, com um especialista gaúcho que prestou consultoria para o Cais Mauá do Brasil (CMB), de Porto Alegre (RS). O empreendimento recebeu investimentos de R$ 58 milhões do PreviPalmas, o fundo de Previdência do servidor da capital do Tocantins, aplicações que agora são alvo de comissão parlamentar de inquérito (CPI) na Câmara. Ele, que preferiu não se identificar, lamentou a decisão do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), de romper o contrato com o CMB.
“É lamentável o que está acontecendo porque o negócio estava começando a ganhar força, se organizar, pronto para ser alavancado, quando o governo decide fazer isso aí”, afirmou.
Segundo o especialista, de toda forma, representará “um grande prejuízo para os fundos” que investiram no empreendimento de revitalização do cais gaúcho, como o PreviPalmas.
No entanto, ele disse que não há dinheiro em caixa no CMB. “Esse dinheiro não está no caixa, sei lá onde está”, afirmou. A fonte explicou que o que tinha de valor no empreendimento era o próprio patrimônio em si — o local, os projetos aprovados e as licenças ambientais de instalação e de obras – e os negócios que iria gerar.
“É recente ainda, acabou de ocorrer [o anúncio do rompimento do contrato pelo governo gaúcho], não dá para avaliar mais profundamente os efeitos da decisão, mas estou achando que a tendência natural é o governo se posicionar dizendo que não tem nada a ver com os investimentos feitos, que não criou os fundos e ‘dana-se o mundo’”, avaliou.
Então, a saída para os fundos prejudicados será uma briga judicial, cujo desfecho é incerto, avisou.