A reunião do secretário de Governo e Relações Institucionais, Carlos Braga, com os vereadores de Palmas, na manhã desta quarta-feira, 7, só serviu para expor o tamanho da crise do novo capítulo da relação entre Executivo e Legislativo da Capital. Parlamentares contaram à Coluna do CT que a conversa foi tensa, com alguns elevando o tom da voz e muita, mas muita reclamação, diante de um secretário que tentava, como é de sua característica, mostrar simpatia e disposição para resolver.
Fora de pauta
A preocupação do Paço é com a Medida Provisória que cria a a Secretaria Municipal de Regularização Fundiária e que precisa ser votada até esta quinta-feira, 8, já que não pode ser reeditada. No entanto, não houve acordo e até esta tarde a informação era de que a matéria não será pautada.
Emendas não pagas
As reclamações dos vereadores são diversas. Mais ou menos geral é que a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) não teria pago todas as emendas paramentares impositivas até o dia 30 de junho, como, segundo vereadores, havia prometido.
Câmara ignorada
Há quem reclame da contratação temporária de cerca de 500 professores pela Secretaria de Educação por indicação de líderes comunitários, ignorando a Câmara.
Secretários-reis
Tem também aqueles que dizem que estariam sendo humilhado por secretários do município, que não os atendem, nem respondem às demandas.
Vetos da prefeita
Ainda há os vetos da prefeita a dois projetos: do vereador Filipe Martins (PSC), que proíbe cobrança de tarifa mínima de água por parte da BRK, e de Filipe Fernandes (DC), que trata da regulamentação dos carros de som. Ambos são considerados inconstitucionais. O de Fernandes porque quer que a Associação dos Proprietários de Carros de Som de Palmas (APCP) fiscalize o setor e credencie profissionais.
Relação não está bem
De toda forma, a conclusão é que a Câmara não está satisfeita com a prefeita. “Faltam habilidade política e humildade para se relacionar com o Legislativo”, resumiu um dos vereadores ouvidos pela Coluna do CT.