O presidente da Federação das Indústrias do Tocantins (Fieto), Roberto Pires, participou foi personagem do quadro Entrevista a Distância nesta sexta-feira, 24, para comentar o frustrante e esperado resultado do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que caiu dos 63,2 pontos, de março, para 41,3 pontos, números semelhantes aos apresentados na recessão do governo de Dilma Rousseff (PT).
Incerteza, mas ICEI do Tocantins é melhor que do País
Apesar do patamar semelhante, Roberto Pires vê diferenças entre às épocas. “A incerteza é o está marcando a desconfiança do empresário da indústria”, disse o representante do setor, que apontou certa “confusão” sobre os debate público em relação a forma de como lidar com o novo coronavírus. Apesar do número tocantinense, o presidente da Fieto destacou que o ICEI do Brasil teve resultado bem pior, saindo de 65 pontos para 34. “Menor em toda a série histórica”, emenda.
Não se tem noção do desemprego
Roberto Pires disse entender a importância das medidas de contenção contra a Covid-19, mas, mesmo admitindo não ter conhecimento “técnico e científico” para falar sobre a quarentena, ainda assim disse ser importante considerar o fator econômico. “A quarentena é importante para conter este avanço imediato da pandemia, mas tem que ter um controle muito grande porque a economia também tem que ser colocada na mesa. Não tem noção do tanto de desemprego que já teve”, afirma.
População vai ter que conviver com o vírus
O presidente da Fieto projeta que o problema da pandemia de Covid-19 vai perdurar por um bom tempo, e que, eventualmente, os governos terão que liberar a atividade comercial, mesmo que com restrições, devido à necessidade arrecadatória. “Não existe dinheiro público, ele é todo privado, só que parte dele é transformado em imposto para gerir a máquina pública. Acho que está chegando no limite [a falta de arrecadação], agora vai ter que trabalhar com responsabilidade para evitar um avanço muito grande [da doença]. A população vai ter que conviver com o vírus”, prevê.
Assista a seguir a participação do presidente da Fieto, Roberto Pires, no quadro Entrevista a Distância: