Na avaliação do deputado federal Célio Moura (PT), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “tirou o homem mais forte do governo”: Sérgio Moro, que deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública após o Palácio do Planalto exonerar Maurício Valeixo da diretoria-geral da Polícia Federal (PF).
Fim do governo
Célio Moura entende que o presidente não terá mais força política para se manter no Poder sem Sérgio Moro. “Era a figura, o homem, a cara da anticorrupção. E ao sair denunciando falcatruas do governo, denunciando Bolsonaro de mentir, de interferir na Polícia Federal, desmascarou, desnudou [o presidente]. Acho que o governo Bolsonaro acabou”, decreta.
Aleixo descobriu envolvimento dos filhos
O parlamentar petista ainda afirma que troca de comando na PF teve a clara intenção de blindar os filhos: Carlos, Eduardo e Flávio. Sabemos dos processos, inquéritos que estão em andamento. O diretor-geral, Aleixo, descobriu o envolvimento dos filhos nas fake news, que foram utilizadas antes das eleições e agora durante o governo para atacar os seus adversários, Supremo Tribunal Federal, imprensa e o Congresso Nacional”, afirma.
Já começa a discussão de Moro é candidato
Com a saída de Moro aliada às denúncias de interferência, Célio Moura acredita que pedidos de impeachment devem começar a andar na Câmara. “A política começa agora”, diz o petista, que também projeta o futuro do ex-ministro. “O governo Bolsonaro acabou e começa a discussão se Moro é candidato à presidência da República em 2022”, acrescentou.