A maioria das críticas da Câmara de Palmas em relação ao plano de descontingenciamento da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) se deu sobre o porquê não foi mais permissivo no intuito de incluir as igrejas e templos. Por uma linha diferente, o vereador Milton Néris (PDT) já questiona se a Capital tem estrutura suficiente para suportar um possível crescimento de casos de Covid-19, o que pode ocorrer com a retomada das atividades comerciais.
A partir do dia 8
A prefeita apresentou na sexta-feira, 29, durante entrevista coletiva, o plano para retomada das atividades econômicas da Capital a partir do dia 8, quando poderão voltar a funcionar o comércio varejista, concessionárias, lojas de departamentos e parques praças.
A partir do dia 15
No dia 15, poderão retomar os trabalhos shoppings (com exceção da área de entretenimento), restaurantes (self-service e a la carte), academias e escolas de natação e esportivas.
Palmas manteve a estrutura de saúde
Conforme o próprio do plano do Paço, Palmas conta com 34 unidades de terapia intensiva (UTIs) exclusivas para Covid-19 [sendo 16 privadas] e 45 leitos clínicos [25 delas na rede particular], o que Milton Néris considera insuficiente. “Estamos com as mesmas estruturas antigas e com um quantitativo que não consegue atender esta população caso ocorra um crescimento da curva”, afirma.
Ampliar testes
Néris questiona a decisão pelo descontingenciamento apesar de a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que o Brasil “ainda não chegou no pico”. Aliado a isto, o vereador volta a condenar a falta de teste na Capital, apesar da aquisição feita pelo Paço e da doação do Tribunal de Justiça. “A prefeitura só faz teste de casos graves e gravíssimos. Nós temos que testar os moderados, os leves, os graves, os assintomáticos que teve contato direto com algum positivo, quem está na linha de frente”, defende.
Teste seletivo
O pedetista usa o própria Câmara de Palmas como exemplo da baixa testagem, citando que, após o vereador Lúcio Campelo (MDB) ter sido diagnosticado, somente os demais pares foram testados, ignorando os servidores. “Só foram feitos testes de forma seletiva nos vereadores”, conta. Ele acrescenta que, posteriormente, uma funcionária acabou sendo diagnosticada com o novo coronavírus.
Palmense não se sente seguro
Milton Néris afirma que o Paço age como se a pandemia “estivesse resolvida”. “Se você tem a OMS alertando que não estamos ainda no pico da doença, se nossa estrutura de saúde é a mesma, se não estão fazendo testes, se não está preocupada com esta contaminação, eu fico imaginando o que vai acontecer. Estamos largados às traças. Não está ocorrendo absolutamente nada de concreto para poder dar a sociedade – que está com medo – uma segurança de caso ocorrer qualquer contaminação”, avalia.