Na abertura da colheita de grãos no Tocantins, no dia 15, em Caseara, a Valor da Logística Integrada (VLI) apresentou aos produtores algumas alternativas para o escoamento dos insumos. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a expectativa é que a produção de soja e milho superem juntas os 3,6 milhões de toneladas.
Entre as opções apresentadas pela empresa de logística está o fortalecimento da rota de balsas, inaugurada em 2017, para agilizar o escoamento da produção agrícola do leste de Mato Grosso e sudeste do Pará com destino ao Terminal Integrador Porto Nacional, no Tocantins. O terminal é interligado à Ferrovia Norte-Sul e forma um corredor eficiente até o porto do Itaqui, no Maranhão. A rota consiste na integração de duas balsas que fazem a travessia dos caminhões por quatro quilômetros à margem do rio Araguaia, entre Santana do Araguaia, no Pará, e Caseara.
Segundo explica a VLI, as cargas oriundas do leste mato-grossense e sudeste paraense seguem por caminhão pela BR-158, acessando a PA-411 até Santana do Araguaia e, de lá, embarcam nas balsas até Caseara. Depois, seguem pelas rodovias TO-080 e BR-226 até o terminal. Dos terminais, as cargas seguem pela Ferrovia Norte-Sul e depois acessam a Estrada de Ferro Carajás para chegarem ao porto do Itaqui.
Para oferecer essa solução logística, a VLI firmou parceria com a Brinave, um consórcio formado pelas empresas R. Navegações e Bravo Serviços Marítimos, que construiu e agora opera as duas balsas. Uma delas tem capacidade para transportar seis bi-trens, enquanto a outra possui espaço para oito rodotrens.
Estão previstas 11 viagens por dia e a capacidade será de transportar 200 mil toneladas de soja por mês. “Temos uma estrutura eficiente, integrada e pronta para atender a fronteira agrícola com maior potencial de crescimento do país”, diz o especialista técnico da VLI, Edson Zacarias.
Terminal de Porto Nacional
O Terminal Integrador Porto Nacional é um dos mais novos da VLI, inaugurado em 2016 junto com o Terminal Integrador Palmeirante, este localizado ao norte do Tocantins. Juntos, os terminais totalizam um investimento de R$ 264 milhões e possuem capacidade para movimentar por ano cerca de 6 milhões de toneladas de produtos como soja, milho e farelo.
Ambos se destacam pela capacidade de movimentação de grãos para o corredor Centro-Norte representando uma alternativa de escoamento em larga escala para a produção agrícola brasileira. Neste corredor, que começa nos terminais integradores e chega ao Terminal Portuário do Itaqui, os investimentos chegam a R$ 1,7 bilhão.
A localização dos terminais de Porto Nacional e Palmeirante favorece o fluxo constante dos produtos pela ferrovia. As unidades possuem sistemas automatizados de recepção, pesagem e carregamento, garantindo alta produtividade e segurança operacional. Eles têm capacidade para descarregar 450 e 700 caminhões por dia, respectivamente.
Norte Sul
Além disso, contam com uma pera ferroviária interligada à malha da Ferrovia Norte Sul e uma tulha de carregamento com capacidade para carregar um trem de 80 vagões em 4 horas 30 minutos. Esses dispositivos formam uma moderna e arrojada solução logística em formato circular que possibilita o transbordo das cargas sem necessidade de desmembrar o trem, aumentando a eficiência das manobras de entrada e saída dos terminais.
O Terminal Integrador Porto Nacional tem capacidade para armazenar até 60 mil toneladas de grãos e movimentar 2,6 milhões de toneladas do produto por ano. Já o Terminal Integrador Palmeirante possui um armazém de 90 mil toneladas, que já é considerada a maior estrutura de armazenagem do Tocantins, e pode expedir até 3,4 milhões de toneladas anualmente. (Com informações da assessoria)