A Secretaria da Saúde (Sesau) recebeu na terça-feira, 6, um ofício do Sindicato dos Servidores Públicos (Sisepe) que cobra a correção de irregularidades contra motoristas de ambulâncias. A entidade afirma que tem recebido denúncias de que a categoria está sendo pressionada a colocar e retirar os pacientes das ambulâncias, empurrar macas dentro dos hospitais e ainda fazer a descontaminação das ambulâncias em meio à pandemia da Covid-19.
Não é função do motorista
No ofício, o Sisepe ressalta que o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Servidores Públicos do Quadro Geral elenca entre as funções dos motoristas: dirigir o veículo, realizar a manutenção, auxiliar em carga e descarga, além de informar ao superior qualquer ocorrência com o veículo, respeitando os regulamentos do serviço. Ou seja, não constam dentre as atribuições colocar ou retirar paciente de ambulância, empurrar macas dentro de hospitais e, tampouco, fazer descontaminação e desinfecção de ambientes.
Sem EPIs e desprovidos de treinamento
Presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro condena os episódios. “A situação é muito grave, porque além de não serem atribuições do cargo de motorista, não são disponibilizados os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários para evitar o contágio pelo vírus e, tampouco, são treinados para fazer a descontaminação e desinfecção de ambiente”, detalha.
EPIs
O Sisepe destaca que a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde especificam os seguintes EPIs que devem ser disponibilizados aos profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento de casos suspeitos ou confirmados de Covid-19: gorro, óculos de proteção ou protetor facial, máscara cirúrgica e de proteção respiratória tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3, avental impermeável de mangas compridas e luvas de procedimento.