Oitocentos mil seres humanos se matam, todos os anos, no Planeta. O suicídio é segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos, perdendo só para os acidentes de trânsito, que são a primeira causa, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas, ao contrário do que as pessoas pensam, a morte do corpo físico não acaba com os problemas, e nem com o sofrimento, ao contrário, agrava-os, garante o Espiritismo, através da ciência, filosofia e religião, ditadas pelos Espíritos Superiores, enviados por Jesus Cristo, contidos nas obras: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Médiuns; O Céu e o Inferno; A Gênese – todos organizados por Allan Kardec, emissário do Cristo, para implantar na Terra, a Terceira Revelação de Seu amor infinito.
Descobertas
Pesquisas científicas, dirigidas pelo eminente e catedrático, Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec), pesquisador francês, das mesas girantes, que tanto empolgavam os saraus, da sociedade europeia do século XIX, asseguram que: “o suicídio produz em todas as suas vítimas, um grande desapontamento, porque o suicídio não soluciona a dor e nem os problemas, ao contrário, agrava-os, comprometendo a estrutura celular do corpo espiritual (perispírito), para as próximas reencarnações (vidas) ” – (O Livro dos Espíritos – Introdução). Isso, sem contar que, logo após o desencarne (morte), o espírito imortal sente sensações dolorosas em seu períspirito, por causa da presença do fluido vital, em virtude das lesões provocadas e da prematuridade da partida da vida.
As obras
Como o espírito é imortal e destinado à perfeição, através das reencarnações sucessivas, as marcas de suas obras, de suas ações realizadas na vida, moldarão o seu corpo físico que, apresentará as deformidades, conforme haja sido na Terra, o procedimento para consigo mesmo, para com o próximo e para com as Leis Eternas de Deus. Tudo que fazemos ao próximo receberemos de volta, de bem ou de mal, hoje ou amanhã, nos ensina o Espiritismo.
Recomeço
“Não Matarás”, outorgou a Lei Divina, no 5º Mandamento. O suicídio infringe essa lei e deixa nos familiares do suicida, sentimento de culpa. Como Deus é Amor, Ele dá sempre, ao Filho Pródigo, nova oportunidade de recomeço, para que possa se redimir de suas escolhas equivocadas e buscar o caminho do bem, da justiça e da evolução”, como ensinou Jesus na parábola e garantiu: “É necessário nascer de novo para conhecer o reino de Deus”. Se assim não for, onde há justiça para tantas diferenças de sorte entre os humanos, se Deus é justo e dá a cada um segundo a sua obra? Que dizer das crianças que já nascem doentes? Só a reencarnação explica com racionalidade a Justiça Divina.
As Marcas
No livro, Depois da Tempestade, da autora espiritual, Joana de Angelis, psicografado pelo médium, Divaldo Pereira Franco, revela a Lei Física e Natural de Causa e Efeito que nos rege a todos e ainda explica o porquê da existência das doenças congênitas (de nascença), tendo no suicídio, a causa dos agravos.
“Aqueles que esfacelam (destroem) o crânio, reencarnam com a idiotia, surdez-mudez, conforme a parte do cérebro afetada;
Os que desencarnam pelo enforcamento, renascem, com os processos da paraplegia infantil;
Os que se vão por afogamento entram na vida com enfisema pulmonar;
Tiro no coração resulta em cardiopatias congênitas irreversíveis;
Aqueles que se matam, utilizando de tóxicos e venenos, sofrem sob o tormento, das deformações congênitas, como úlcera gástrica e câncer”.
Tudo passa
Na pergunta nº 946, de O Livro dos Espíritos, os Espíritos Superiores responderam ao professor Rivail, que: as aflições da vida são provas ou expiações que vêm e passam; e que em todas elas, encontramos oportunidades valiosas de crescimento moral. Felizes aqueles que as suportam porque serão recompensados. O trabalho (ocupação útil) é o maior antídoto contra o suicídio, garantem os Mensageiros do Senhor. Buscar o diálogo, em clima de compreensão, entre os familiares é tarefa urgente, oferecendo apoio e auxilio verdadeiros.
O caminho
A aplicação da Lei de Caridade, como a entendia Jesus, é a garantia de estamos no rumo certo da vida. Jesus entendia a caridade, centrada em três aspectos: benevolência (ser bom) para com todos, indulgência (compreensão) para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas. (QUESTÃO 886 – O LIVRO DOS ESPÍRITOS). “A calma e a resignação adquiridas na maneira de considerar a vida terrestre e a confiança no futuro dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio” – (O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. V)
MARIMAR AIALA
É jornalista profissional, estudiosa e palestrante da Doutrina Espírita. Atualmente, é a diretora de Comunicação da Câmara Municipal de Palmas. Mãe da Jordana e grata a Jesus por estar em: Brasil-Tocantins-Palmas!
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