Caro Ronaldo Dimas,
Excelente notícia essa de sua volta aos holofotes com a enorme responsabilidade de presidir o Instituto Municipal de Planejamento Urbano de Palmas, nosso Impup, para fazer a gerência de todo o planejamento da Capital e coordenar os projetos prioritários das secretarias do governo Eduardo Siqueira Campos. O amigo será o maestro dessa orquestra que começa a ganhar corpo. Seu nome para regê-la foi uma escolha certeira do prefeito. Ficaremos todos na torcida para que ela logo esteja afinadíssima, executando concertos que encantem os palmenses.
Tenho dito que quadros como você, Laurez Moreira, Carlos Amastha, Paulo Mourão e Ailton Araújo, da nossa Santa Rosa, são fundamentais para o Estado. Primeiro pela postura diante da vida pública e, depois, por serem gestores da mais alta qualidade. A transformação que fizeram em seus municípios fala por si só. No seu caso, sempre brinco que a história de Araguaína se divide em A.D. e D.D., ou seja, Antes de Dimas e Depois de Dimas. Cada vez que chego à cidade, ela parece melhor, sobretudo, pela continuidade do trabalho sob a batuta do também competentíssimo prefeito Wagner Rodrigues.
A contribuição que você dará a Palmas será num campo em que temos a maior carência e que é a sua grande especialidade: o planejamento. A Capital precisa ser pensada a longo prazo. Temos um trânsito já complicado nos horários de rush, e sempre vem a questão sobre as rotatórias do centro, também sobre o estacionamento rotativo, entre outros.
E nosso plano de arborização? Um lugar quente como Palmas tem que levar esse tema muito a sério. Estou neste momento numa cidade que é referência no assunto, Maringá, no Paraná, onde as árvores são sacralizadas, e há décadas. Graças a isso, você percorre dezenas de quarteirões protegido pelas sombras deliciosas das belas copas.
Ainda há a “briga” com o Estado sobre fluxo de pacientes de UPAs para o HGP, o déficit de vagas em escolas, o transporte público que precisamos para o nosso crescimento, fora os outros projetos que vão surgir.
Se tudo isso não for pensado de forma articulada, com um maestro indicando com a batuta a vez de cada instrumento entrar na sinfonia, não será possível atingir uma performance musical uníssona e agradável. Só haverá ruídos insuportáveis aos ouvidos. E esse pensar não é só o agora, mas daqui a 10, 20 ou 30 anos. Que Palmas queremos?
Justamente nesta questão do planejamento que sempre lamentei o fato de você não ter podido colocar uma candidatura competitiva em 2022. A carência do Estado nesse campo é ainda muito maior do que da Capital, que vem de uma série de bons prefeitos, e cada um deu a sua contribuição positiva. O governo do Tocantins, ao contrário, passou por várias más administrações que o jogaram no fosso de uma crise fiscal absurda, da qual saímos após o ex-governador Mauro Carlesse colocar a mão firme e iniciar um ajuste que nos içou do buraco.
As contas ainda seguem equilibradas, mas insistimos no voo de galinha que só nos permite enxergar as próximas eleições. Nada além disso.
Assim, ver você subir com sua competente batuta no palco dessa orquestra formada por Eduardo já nos dá alguma esperança. Por isso, reforço: que essa sinfonia se afine, contagie o público e alcance todo o Tocantins.
Boa sorte!
Saudações democráticas,
CT