Continua rendendo a estranha recomendação do prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), sobre a fictícia renúncia do conselheiro Alberto Sevilha, do Tribunal de Contas do Estado, à relatoria de Palmas. Pela primeira vez o prefeito criticou publicamente Sevilha, que recebeu a solidariedade do deputado estadual Wanderlei Barbosa (SD).
Em entrevista ao site Orla Notícias, Amastha afirmou que Sevilha “falta com o respeito” com o governo de Palmas e espera que o presidente do TCE, Manoel Pires dos Santos, atenda seu pedido para indicar outro conselheiro para relatar as contas da Capital, o que, diga-se, é muito pouco provável que ocorra.
LEIA MAIS
— Após recomendação, oposição reage: Sevilha incomoda
— BOM DIA – “Prefaketura” de Palmas: produção a todo vapor
— Amastha vai para o confronto direto contra conselheiro em ato no Diário Oficial
O prefeito afirmou que Sevilha “envolve questões pessoais” na análise das contas de Palmas. “Todo mundo sabe os motivos dessa má-fé do conselheiro e [sua atuação] se tornou um negócio absurdo”, criticou Amastha, sem citar quais seriam os motivos.
Para o prefeito, Sevilha “é uma pessoa tremendamente suspeita” para continuar relatando as contas da Capital.
Amastha garantiu, contudo, que sua gestão “faz questão de ser fiscalizada”. “A Prefeitura de Palmas é reconhecida por ser uma das cidades mais transparentes do Brasil. Saímos do último lugar entre as capitais para ser uma das três mais transparentes. Então, fazemos questão de ser fiscalizados. Quem mexe com o dinheiro público tem a obrigação de ser fiscalizado”, pregou o prefeito, que, no ano passado, pediu por três vezes a suspeição de Sevilha, pelas sequentes investigações que ele faz contra o Paço.
Moção aplausos
Já o deputado estadual Wanderlei Barbosa apresentou na Assembleia nessa quarta-feira, 21, uma moção de aplausos a Sevilha. Para ele, a recomendação do prefeito se deve ao fato de o conselheiro estar “incomodando”. O parlamentar afirma que Amastha publica na recomendação de segunda-feira “inverdades” sobre o titular da relatoria de Palmas, “unicamente para provocá-lo”. “A sociedade necessita de autoridades e representantes legais com postura ética, lisura e comprometimento com o erário”, disse Wanderlei em referência ao conselheiro.