A fatídica entrevista com o candidato do PSB, Carlos Amastha, à TV Jovem/Record na sexta-feira, 28, não terminou como devia, com o postulante ao maior cargo político do Estado respondendo a todas as questões. Não fiquei feliz com o resultado, depois de uma semana inteira de entrevistas altamente respeitosas e republicanas com os demais candidatos.
Como meu maior compromisso é com minha consciência, ela me exige que eu peça desculpas publicamente aos telespectadores, aos diretores e funcionários da TV Jovem/Record, e ao candidato do PSB, Carlos Amastha. Pelo meu temperamento e pela falta de experiência em TV — a vida inteira fui um homem de texto e não de câmeras —, errei, ao ser interrompido por Amastha, por não ter simplesmente reformulado a questão sobre o PreviPalmas.
Acabei me irritando com a interrupção do ex-prefeito de Palmas e sai da minha função de mero entrevistador para exercer o papel de debatedor, o que não me cabia naquele momento. Claro que Amastha poderia e deveria muito bem ter aguardado a conclusão da minha pergunta para corrigir alguma expressão da qual eu tivesse me utilizado mal, ou mesmo dados do meu questionamento. Contudo, reconheço publicamente que o erro maior foi meu por não ter reformulado a pergunta e acabado com a polêmica.
O ex-prefeito de Palmas tem dito que sempre investiu os recursos da Previdência do servidor municipal em fundos oficiais, e o que, defende ele, fez aumentar esse fundo em sua gestão foi o repasse em dia das contribuições patronais e do funcionalismo. Ótimo. Agora precisava explicar os detalhes da operação com o tal Cais Mauá, de Porto Alegre (RS), e a pergunta que eu faria lhe dava total condições de esclarecer esse ponto. Assim, Amastha desperdiçou uma excelente oportunidade. Mas, repito, eu errei por não tê-lo atendido e reformulado a questão para pôr fim a qualquer polêmica.
Não tenho nada pessoal contra Amastha, e o respeito como cidadão, empresário, pai, avô e político, ainda que mantenha as discordâncias que sempre deixei muito claras, e sempre deixarei quando necessário, nas minhas análises. Mas apenas no plano das ideias, nunca nada pessoal.
Ao contrário. Tenho por ele admiração. Pontuo com frequência neste espaço que Palmas deve, eternamente, a Amastha o resgate que ele fez do amor e do orgulho do palmense por sua Capital. O ex-prefeito foi zeloso com a cidade, com o ajardinamento, decoração e com o constante chamamento para que todos a vejam como a melhor cidade do País. No entanto, houve erros e cabe a nós, jornalistas, apontá-los e dar a Amastha a oportunidade de se defender, que é o que eu fazia ao perguntar.
De novo, peço as desculpas ao público, à TV Jovem/Record e Amastha por não ter refeito a questão e saído do meu papel de mero entrevistador, para debater. Minhas escusas ainda pelos adjetivos empregados.
Da minha parte nossa relação profissional segue, com todo o espaço do CT aberto às movimentações do candidato, do empresário e do político que Amastha sempre será, independente do resultado das eleições de domingo, 7. Ele é um personagem relevante da nossa política, contribuiu com um debate importante sobre ela e merece o nosso reconhecimento.
De outro lado, o CT e este colunista sempre manterão sua postura crítica ao ex-prefeito e a todos os homens que transitam na vida pública tocantinense.
A todos, meu sincero pedido de desculpas.
CT, Palmas, 1º de outubro de 2018.