No geral, os eventos do prefeito licenciado de Palmas e pré-candidato a governador, Carlos Amastha (PSB), nesta pré-campanha têm sido muito fracos, ignorados pela população e com líderes inexpressivos ou em decadência. A desculpa é que se tratam de encontros partidários e que não têm como alvo toda a comunidade. Tanto não é verdade que em Dianópolis foi colocado carro de som nas ruas e, mesmo assim, não se reuniu 40 pessoas, considerando até o staff do prefeito. E tem sido dessa forma por onde o prefeito pré-candidato passa: pouca gente, líderes sem expressão e decadentes.
Contudo, Amastha conseguiu nesse domingo, 21, em Miracema, uma excelente movimentação. Muitos líderes foram ouvir o pré-candidato a governador graças a um legítimo representante da velha política tocantinense, o deputado estadual Júnior Evangelista (PSC), um dos principais líderes da cidade e da região central do Estado.
Evangelista foi prefeito de Miracema numa época em que a velha política estava dividida entre o ex-governador Siqueira Campos (DEM) e o governador Marcelo Miranda (PMDB). Em 2006, ele acompanhou o mais velho dos velhos políticos tocantinenses, Siqueira. Após a reeleição de Marcelo, foi fortíssimo aliado de dois políticos também da mais autêntica velha guarda, o saudoso senador João Ribeiro e o então deputado federal Eduardo Gomes (SD).
Graças aos dois, conseguiu muitos recursos federais para estruturar Miracema, um trabalho que, sem dúvida, foi fundamental para projetá-lo regionalmente e colocá-lo na Assembleia em 2014.
Ou seja, a aliança de Amastha com Evangelista só confirma a tese de que, sem os bons e velhos líderes, o prefeito pré-candidato a governador não conseguirá entrar nos colégios interioranos. Vai ficar batendo na porta, juntando “gatos pingados”, gente decadente ou inexpressiva, mas não poderá levar seu discurso tão longe como precisa para consolidar seu nome na disputa.