O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta sexta-feira, 3, uma audiência pública para discutir a liberação do aborto até a 12ª semana de gestação. Com um Congresso Nacional covarde e comprometido moralmente por centenas de parlamentares corruptos e que, por isso, temem a Justiça, o Supremo se arvora no direito de legislar. O pedido é de um partido de esquerda, o sem expressão Psol, que representa uma ínfima parte da sociedade, uma meia-dúzia. Só podia. A impressão que dá é que o STF quer aproveitar a liberação desse crime contra a vida na Argentina para surfar na mesma onda.
As feministas radicais atacam feroz e irracionalmente qualquer homem que opine contra o aborto. A tese é que não temos útero, logo, não podemos nos manifestar. Ou seja, por não sermos mulher, não temos o direito de defender crianças que são covardemente assassinadas. Matam-nas sem a mínima chance de defesa porque não podem olhar nos olhos delas. E nisso reside a covardia.
Verdade, não tenho útero. Mas sou pai, e não tem outra missão que considero mais importante nesta vida do que esta. Falava com meus filhos ainda na barriga de dona Sandra, desde os primeiros dias da gravidez. Fazia carinho e meus olhos lacrimejavam quando os meninos chutavam minha mão. O nascimento do primeiro, Victor Hugo, foi particularmente emocionante.
Eu esperava com minha mãe do lado de fora do centro cirúrgico, quando a enfermeira veio com ele nos braços. Ao vê-lo já lhe disse: “Oi, Victinho, é o papai!”. O garotinho rapidamente abriu os olhos e começou a procurar quem era o dono daquela voz. A enfermeira, então, sorriu e me perguntou se eu falava com o bebê na barriga. Todas as noites eu fazia isso. “Ele reconheceu sua voz”, concluiu ela. Não teve como segurar uma discreta lágrima.
Outro argumento para justificar o aborto, dizem, é que a mulher é a dona do próprio corpo. Outra verdade inquestionável. Mas, claro, do dela, não de outro ser humano. A mulher faz o que quiser do próprio corpo e ninguém, absolutamente ninguém mesmo, tem nada a ver com isso. Contudo, o bebê não é parte do corpo dela. Indefeso, acredita que está no lugar mais seguro que pode existir no mundo. Jamais passaria para pela mente dele conviver com seu maior inimigo e seu assassino, a própria mãe.
É o jurista e advogado Ives Gandra da Silva Martins quem define o aborto como um assassinato. “Há um ser humano naquela concepção. O nosso Código Civil, no artigo 2º, diz que todos os direitos são assegurados desde a concepção. Seria ridículo dizer que todos os direitos do nascituro são assegurados desde a concepção, menos o direito à vida. Uma contradição”, disse ele em entrevista.
Ives Gandra afirma que o Código dos Direitos Humanos diz a mesma coisa, no artigo 4: que a vida é assegurada desde a concepção. “E realmente, naquele momento, naquela primeira célula, não poderia resultar em outra coisa. A primeira célula é o ser humano”, disse um dos mais renomados juristas brasileiros.
Este grande brasileiro ressalta que os abortistas “esquecem de dizer como se faz um aborto”. Ives Gandra contou que o ginecologista e obstetra Bernard Nathanson fez inúmeros abortos, inclusive do próprio filho, quando viu o de um feto de três meses. O aparelho, a arma do infanticídio, entrou para puxar a perninha. O jurista afirmou que o médico então constatou que as batidas do coração do feto duplicavam. Percebeu que o bebê procurava fugir até que o puxador lhe tirou a primeira perna e o braço. Depois disso, Nathanson nunca mais fez um outro aborto na vida.
O Conselho Federal de Medicina (CRF) entregou um relatório ao Senado se colocando favorável a esta prática deplorável até 12 semanas da gestação. Mas o documento não representa o que pensam todos os médicos (assista vídeo ao final deste texto).
O argumento final para justificar a matança de inocentes é simplório: quem é contra, é só não fazer aborto. Certo, e como ficam as crianças mortas? Quem as defendem? Elas são assassinadas e nós fingimos que não vemos? Simples assim? Como nós, pais, cidadãos conscientes de que a vida é maior bem que recebemos desde a concepção, defensores deste que é o maior dos direitos humanos — viver —, podemos ignorar a dor dessas crianças assassinadas? Diga-se: para a esquerda, como o partido zero à esquerda que ingressou com a ação, os bebês que ainda não viram a luz não são dignos da vida, por isso, foram excluídos de sua pauta de direitos humanos.
Em nome desses inocentes, que não têm a mínima chance de defesa, não vamos nos calar. Vamos enfrentar os histéricos cheios de ódio e o achincalhe. Mas o que esperar de quem não tem o mínimo respeito à família e a bebês indefesos? Contudo, a sociedade de bem, pais e mães, devem se manifestar, compartilhar atos em defesa da vida pelas redes sociais, boicotar empresas que apoiem esse crime contra a humanidade e políticos que se unam a essa causa absurda. Não os recebam em casa, não os cumprimentem, tirem votos deles, trabalhem contra nesta campanha que estamos para começar, não eleja essa gente que não respeita a vida.
Existe um problema social inegável. Mulheres que engravidam sem a menor condição, que morrem em antros abortistas, pais violentos e ignorantes, sociedade machista e a promiscuidade vendida por telenovelas, focadas na apologia ao sexo, o que leva nossos jovens a praticá-lo precocemente, sem qualquer preparo. Tudo isso é uma realidade, e precisa mudar. Mas com educação, não assassinando crianças indefesas.
Se está na dúvida sobre o tema, olhe para o seu filho ou filha, o grande amor de sua vida. Pense em sua vida sem ele ou ela. Que tal matá-lo? Por que seria diferente se liquidasse a vida desse jovem quando ainda estava em sua barriga ou na de sua esposa?
Abaixo a indignidade do aborto!
CT, Palmas, 3 de agosto de 2018.