O texto da reforma da Previdência vai se arrastando com dificuldades, e, enfim, foi aprovado no primeiro desafio, na Comissão de Constituição e Justiça. Agora, o jogo ficará mais pesado na comissão especial para analisá-lo. O empresariado se mostra preocupado com o destino dessa reforma, fundamental para o Brasil receber investimentos e destravar de vez a economia.
No mercado de trabalho formal, a triste informação desta quarta-feira, 24, foi o saldo negativo de 43.196 empregos com carteira assinada em março, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), desta quarta-feira, 24. O pior resultado desde março de 2017.
[bs-quote quote=”Tirando o ‘núcleo hospício’ — composto por pai, filhos, Olavo e olavetes —, o governo tem excelentes quadros, da mais alta qualificação, que poderiam garantir realmente um viés liberal às políticas brasileiras e mudar a rota de um país entregue ao populismo por tanto tempo” style=”default” align=”right” author_name=”CLEBER TOLEDO” author_job=”É jornalista e editor do CT” author_avatar=”https://clebertoledo.com.br/wp-content/uploads/2018/02/CTAdemir60.jpg”][/bs-quote]
O Itaú Unibanco reduziu as expectativas para o crescimento econômico em 2019 e 2020. A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano caiu de alta de 2% para 1,3%, enquanto a de 2020 retraiu de 2,7% para 2,5%.
No momento em que o mundo cai à sua volta, o “núcleo hospício” do governo Bolsonaro insiste em absurdas teorias da conspiração, numa paranóia contra o vice-presidente Hamilton Mourão, alvo preferido do destrambelhado número 2 de Jair, o vereador Carlos Bolsonaro, que, pelas bobagens e agressões irracionais que posta de hora em hora, parece que não anda tendo muito tempo para sua atividade parlamentar.
De outro lado, um autointitulado filósofo, um maluco autoexilado nos Estados Unidos, o tal Olavo de Carvalho, dispara contra o setor militar, que empresta bom senso a um governo insano. E o tal Olavo é tratado como gente séria. Só mesmo numa gestão em que a lucidez não é a tônica para um louco desse tipo nomear, demitir e desequilibrar ainda mais a política brasileira.
Tirando o “núcleo hospício” — composto por pai, filhos, Olavo e olavetes —, o governo tem excelentes quadros, da mais alta qualificação, que poderiam garantir realmente um viés liberal às políticas brasileiras e mudar a rota de um país entregue ao populismo por tanto tempo. Mas as maluquices insistem em fazer o Brasil embrenhar de um caminho tortuoso do populismo de esquerda para outro nem um pouco diferente à direita. Ambos são perversos para ao Brasil, que precisa empreender, receber investimentos e mudar a cultura de que o Estado é o “pai de todos”, altamente deletéria às nossas ambições como nação.
Ministros como Paulo Guedes (Economia), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), entre outros, podem contribuir para uma guinada do Brasil para sendas que nos levarão à prosperidade. Contudo, quem deveria dar equilíbrio e estabilidade à execução de políticas desenvolvimentistas são os que neste momento sabotam o governo, o próprio presidente da República, seus filhos destrambelhados, Olavos e olavetes. Ou seja, o “núcleo hospício”.
Exagero? Tem cabimento o filho postar um vídeo na conta do YouTube do pai-presidente da República atacando os militares, o setor que mais apostou e se dedica com afinco ao governo Bolsonaro? Há o mínimo de bom senso, racionalidade, equilíbrio, num filho de presidente que posta mensagens atirando aberta e incivilizadamente contra o vice-presidente da República, com base em malucas teorias conspiratórias, que parecem ter o objetivo simplesmente de assanhar ainda mais os irracionais fanáticos que julgam que a renovação política se revolve no linchamento público de personalidades? Esse moço, o tal de Carlos Bolsonaro, é caso de psiquiatria. O descontrole da raiva é nítido em suas postagens.
Pior que o pai, chefe maior do “núcleo hospício”, se derrete pelo aluado do meio de suas prole, acha que deve ao menino Carlos o fato de estar na Presidência, e que vai mantê-lo ao seu lado para todo o sempre.
Bolsonaro que se cuide. Porque as loucuras desse moço na oposição e em campanha eleitoral atiçaram o fanatismo nas redes sociais, lhe deram visibilidade e, na falta de opção, o levaram à vitória.
Mas esse mesmo desvario no exercício da Presidência pode ser um atalho para que Bolsonaro pai siga para o mesmo cadafalso onde foi decepada a cabeça de Fernando Collor e Dilma Rousseff.
O presidente precisava entender que se governa em silêncio e com foco para garantir segurança, equilíbrio, estabilidade e desenvolvimento para o Brasil.
Não posso terminar de outro jeito: pena que do outro lado estava o PT!
CT, Palmas, 24 de abril de 2019.