Faltando apenas 12 dias para o primeiro turno da eleição suplementar, a disputa caminha para um natural afunilamento. Como parte dele, as lideranças começam a se posicionar, e essa migração mostra tendência de resultado. Afinal, ninguém quer ficar com o “cavalo” perdedor, muito menos se omitir agora e depois ficar de fora da festa da vitória.
[bs-quote quote=”Receber um prefeito numa reta final tem um sabor mais adocicado, já que é um termômetro claro de que a vitória se avizinha, e também tem o bônus de dar mais volume à campanha, num momento em que mais se precisa mostrar força” style=”default” align=”right” author_name=”CLEBER TOLEDO” author_job=”É jornalista e editor do CT” author_avatar=”https://clebertoledo.com.br/wp-content/uploads/2018/02/CTAdemir60.jpg”][/bs-quote]
A corrente migratória dos líderes na reta final de eleição é o melhor termômetro da corrida sucessória. Pesquisa no Tocantins, como a coluna já afirmou, cada um tem a sua, com claros resultados que lhe favorecem. Movimentar povo em eventos políticos não é difícil. Dinheiro para o combustível, em época de alta desenfreada, já é o suficiente para levar público às carreatas e reuniões. Assim, o indicador mais confiável dos rumos de uma campanha, numa reta final, é a movimentação de prefeitos e outros líderes.
Os primeiros a se definirem no início do processo são os engajados. Eles acreditam no candidato, têm uma relação muito próxima ou há compromissos assumidos que lhe favorecem e, por isso, avaliam que compensa o empenho.
No decorrer da campanha, há definição daqueles que negociaram com um lado e com outro e resolveram fechar com a melhor proposta recebida. Analisaram os prós e contras das candidaturas, tentaram adiar a decisão, mas, pressionados e sem força política para protelar, tiveram que antecipar a descida do muro e apostar tudo na melhor proposta. Por isso, precisam se empenhar em favor do candidato escolhido, já que, se perderem, o vencedor pode excluí-los da mesa dos vitoriosos.
A última corrente migratória dos líderes no processo eleitoral se dá agora na reta final da disputa. Ela conta com aqueles que conseguiram, por seu peso político, resistir às pressões e adiar a escolha. Também compõem esse grupo os que já tomaram a decisão no decorrer da campanha, mas sentem que a candidatura que apoiam fará água. Assim, para não afundarem juntos, retomam as conversas com os demais nomes.
Como apoio eleitoral não se rejeita, é óbvio que os candidatos estão todos abertos à conversa. Além disso, receber um prefeito numa reta final tem um sabor mais adocicado, já que é um termômetro claro de que a vitória se avizinha, e também tem o bônus de dar mais volume à campanha, num momento em que mais se precisa mostrar força.
Assim, está aberta a fase da terceira corrente migratória de líderes. Nela pode-se confiar mais do que em qualquer pesquisa encomendada. Para onde o grupo se mexer, é sinal claro de que a expectativa de resultados positivos é grande. Como temos uma possiblidade real de segundo turno, a migração pode se concentrar em dois candidatos. Bem provável que serão os nomes que polarizarão as disputas a partir do dia 3 de junho.
CT, Palmas, 22 de maio de 2018.