A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), almoçou com oito vereadores no dia 4, no gabinete do antigo AMA, um dia após tomar posse com a renúncia do ex-prefeito Carlos Amastha (PSB). Conforme o blog apurou com vereadores, Cinthia pediu 100 dias para tomar pé da situação e dar seu jeito à administração da Capital.
De acordo com os vereadores ouvidos pelo blog, o convite para o almoço foi levado pelo presidente da Câmara, José do Lago Folha Filho (PSD), aos demais colegas. “O Folha nos disse que a Cinthia estava convidando toda a base, mas se os demais vereadores quisessem poderiam comparecer”, contou um parlamentar da oposição.
Segundo ele, apenas Vandim do Povo (PSDC) compareceu pela oposição e outros sete da base de Amastha. “Da base de Amastha, porque ainda ninguém é da base da Cinthia, já que até agora não existe conversa”, avaliou outro parlamentar ouvido.
Quatro vereadores de oposição reprovaram a forma, segundo eles, utilizada pela prefeita para abrir conversa com a Câmara. “Ninguém aqui está interessado em almoço grátis, por isso, dizer que o convite era para a base mas quem quisesse podia participar, não é o jeito democrático e republicano de iniciar uma relação com o Legislativo”, criticou um dos ouvidos pelo blog.
No geral, os parlamentares defenderam que Cinthia tem mais condições de unir a Câmara em torno do seu governo do que o ex-prefeito. Amastha sempre se mostrou inábil com o Legislativo e, por isso, não conseguiu manter uma base ampla e consolidada.
Já Cinthia, conforme esses vereadores, tem habilidade política e conta com a amizade de vários nomes da oposição que sempre foram muito próximos do senador João Ribeiro. Contudo, para ter um apoio efetivo, defendem, a prefeita terá que mudar a forma de relacionamento com a Câmara. “Por enquanto, estamos vendo mais do mesmo, aí não nos interessa”, avisou um dos ouvidos.
Muito tempo
Outro considerou muito tempo os 100 dias pedidos por Cinthia para dar seu jeito ao governo. “A prefeita não está começando uma gestão do zero. Ele fazia parte do governo Amastha, acompanha de muito perto todas as ações, como ela mesma já disse, e em janeiro e fevereiro ficou mais de 40 dias à frente do Paço, então, por que precisa de mais 100 dias?”, questionou o vereador.
Segundo ele, chamou a atenção dos vereadores que participaram do almoço o fato de o então presidente da Fundação de Meio Ambiente de Palmas, Marcílio Ávila, ter conduzido a reunião. Ávila pediu exoneração na segunda-feira, 9.