Em seu discurso na sessão que elegeu a nova mesa diretora da Câmara, na manhã desta quinta-feira, 28, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), previu um novo tempo na relação entre Executivo e Legislativo da Capital, que foi assinalada até o governo de seu antecessor por frequentes estremecimentos: “Esta eleição marca um novo tempo de prosperidade e paz”, anunciou.
Cinthia enalteceu a condução da eleição da Câmara. “De forma independente e transparente”, destacou. O eleito foi o vereador Marilon Barbosa (PSB), membro da oposição ao ex-prefeito Carlos Amastha (PSB). Ele se tornou candidato único depois que Etinho Nordeste (PTB) retirou sua pré-candidatura. “Tudo foi feito de forma tranquila, a prefeita conduziu de um jeito que ninguém saiu ferido ou magoado”, elogiou Milton Neris (PP).
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Vandim do Povo (PSDC) foi eleito vice-presidente; Etinho Nordeste, primeiro secretário; Gerson Alves, o Gerson da Mil Coisas (PSL), segundo secretário; e Júnior Geo (Pros), terceiro secretário.
O presidente eleito Marilon Barbosa, que assumirá no lugar do vereador José do Lago Folha Filho (PSD) na primeira sessão de fevereiro de 2018, destacou que sua gestão será de parceria e terá “convívio de respeito e harmonia” com o Executivo municipal. Marilon disse ainda que em sua gestão pretende trabalhar em prol da governabilidade da prefeita Cinthia Ribeiro. “Acredito que a prefeita Cinthia vai fazer uma grande administração e ela pode contar com este Parlamento, para que possa exercer suas funções cada vez mais com segurança”, avisou.
Entre seus primeiros projetos, Marilon destacou a construção da sede própria da Câmara. De acordo com ele, dessa forma, o Legislativo deixará de pagar aluguel mensal de R$ 70 mil, economizando este montante para os cofres públicos.
Relação tumultuada
O ex-prefeito Carlos Amastha sempre teve uma relação tumultuada com a Câmara. O grupo dele elegeu apenas 8 dos 19 vereadores nas eleições de 2016. Mas, com os atrativos da máquina, conseguiu chegar à posse com os 13 parlamentares necessários para uma votação de quórum qualificado.
No entanto, em menos de um ano, e com uma interlocução ineficaz, o prefeito viu sua bancada desidratar. Perdeu Filipe Fernandes (PSDC), Diogo Fernandes (PSD) e Vandim do Povo. Depois foi a vez do hoje presidente eleito Marilon Barbosa.
Sem o tato e paciência necessários para dialogar com o Legislativo, Amastha acabou ficando com minoria em plenário — 10 para oposição contra 9 para a situação. A ponto de, para aprovar o orçamento de 2018, precisar fazer uma manobra para tirar um oposicionista — nomeou o deputado estadual Júnior Evangelista (PSC) na Secretaria de Habitação, levando o suplente e vereador de oposição Ivory de Lira (PPL) para a Assembleia e dando a vaga dele na Câmara para um aliado, Moisemar Marinho (PDT). (Com informações da Secom Palmas)