As oposições ao governo Mauro Carlesse (PHS) podem se fragmentar ainda mais. O senador Ataídes Oliveira (PSDB), depois de ter anunciado que iria à reeleição, agora estuda a possibilidade de disputar o governo do Estado nas eleições de outubro. Segundo aliados do parlamentar, o pedido para que ele tente novamente o Palácio Araguaia teria partido da maioria dos prefeitos tucanos, vereadores e presidentes de comissões provisórias do partido.
Ataídes já fez uma reunião com os prefeitos do PSDB no final de junho e, na sexta-feira, 13, conversará com os vereadores e presidentes de comissões tucanas. Depois vai avaliar a possibilidade de disputar o governo.
O senador era pré-candidato a governador até a cassação de Marcelo Miranda (MDB), em março. Ele colocou seu nome na eleição suplementar, mas o PSDB se dividiu na convenção, quando parte dos prefeitos e os dois deputados estaduais da sigla — Olyntho Neto e Luana Ribeiro — decidiram que apoiariam Carlesse.
Depois de uma convenção bastante tumultuada, no dia 22 de abril, Ataídes decidiu que o PSDB ficaria de fora da eleição suplementar e todos os líderes estavam liberados para decidir quem apoiar.
O parlamentar se engajou na campanha do senador Vicentinho Alves (PR). Dias após o segundo turno da eleição suplementar, Ataídes se reuniu com o governador Mauro Carlesse, com apoio maciço dos prefeitos tucanos para disputar a reeleição ao Senado pela base palaciana.
Ao mesmo tempo, o Ataídes discutia com a oposição, mas ele foi um dos presidentes de partido que prefeririam não participar da reunião organizada para sexta-feira, 6, pela senadora Kátia Abreu (PDT), alegando outro compromisso.
O grande problema do Palácio Araguaia para ter Ataídes em sua base para o Senado são os compromissos do governador com as pré-candidaturas do ex-governador Siqueira Campos (DEM) e do deputado federal César Halum (PRB). Outro nome que setores governistas querem para senador é o ex-deputado federal Eduardo Gomes (SD).