O presidente regional do MDB, Derval de Paiva, contou que o senador eleito Eduardo Gomes já tinha conversado com o ex-governador Marcelo Miranda e com a deputada federal Dulce Miranda sobre a filiação dele ao partido, além de outros líderes. Gomes quer fazer um encontro no Tocantins para celebrar seu ingresso ao MDB. “Farei com prazer, porque a vinda dele é importante para nós”, avaliou Derval.
Segundo o presidente da legenda, a filiação de Gomes fortalece o MDB e contribui para o partido deixar o Estado de letargia, que, para Derval, atinge não só a sigla, mas outras também. “Precisamos de fazer a auto-crítica, de discutir, pensar e tomar rumo. Se ele [Gomes] chega com este propósito é muito bem-vindo”, afirmou Derval. “Não tenho uma amizade próxima com o Eduardo, mas o admiro, e foi um parlamentar importante, que caminhou bem pelo Congresso.”
O líder emedebista contou não ter sido procurado por Gomes. “Sabia que os galos cantavam, só não sabia em quais terreiros”, brincou.
Ele disse que passou por duas experiências de ingresso de importantes nomes no MDB via executiva nacional. Uma foi com ex-senador Leomar Quintanilha em 2003, que gerou uma guerra judicial até uma composição entre os grupos em 2004. “Essa experiência me causou dificuldades, mas, com o tempo, ficou a contento e me tornei amigo do Leomar”, contou.
A segunda experiência citada por Derval foi a filiação da senadora Kátia Abreu em 2013. “Foi catastrófica”, avaliou. “Uma convivência muito difícil.”
Kátia foi expulsa do MDB no final de 2017, após se desentender com a cúpula nacional no episódio do impeachment da ex-presidente Dilma Housseff (PT).
Em abril do ano passado, a senadora se filiou ao PDT.