Os líderes da oposição interna à direção estadual do PT, como o suplente de senador Donizeti Nogueira e o coordenador da sigla para a região norte do Estado, Milne Freitas, estão percorrendo o interior em defesa da candidatura a governadora de Kátia Abreu, da coligação “Reconstruindo o Tocantins”. Por enquanto, oficialmente, o PT é aliado do candidato da coligação “A Verdadeira Mudança”, de Carlos Amastha (PSB). Contudo, a direção nacional petista já protocolou pedido no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-TO) para que a legenda deixe a coligação do ex-prefeito de Palmas, da qual é candidata a vice-governador, com Célio Moura.
Freitas afirmou ao blog que nesse final de semana conseguiram o apoio dos diretórios de Esperantina, São Miguel, Axixá e Sampaio. Araguatins e Buriti vão definir em plenária. “Estamos na expectativa de que Kátia Abreu será o nome escolhido”, afirmou o coordenador petista.
Outro diretório que optou por Kátia foi o de Dianópolis, que já comunicou a executiva estadual que vai “obedecer a hierarquia”, por conta da resolução da nacional, e apoiar a candidatura da senadora ao governo do Estado.
Entenda
Com a presidência com o deputado estadual José Roberto, o PT está sob comando hoje do grupo que faz oposição à corrente que sempre foi hegemônica internamente, representada por Donizeti, Freitas e o ex-prefeito de Colinas José Santana.
Para a eleição suplementar, esse grupo defendeu que o PT se aliasse à candidatura de Kátia, mas, após não conseguir emplacar o nome do deputado estadual Paulo Mourão, Zé Roberto e Célio Moura fecharam com o ex-prefeito Carlos Amastha.
À direção nacional do PT interessa a eleição de Kátia, porque daria a vaga de senador — pelos próximos quatro anos — ao suplente petista Donizeti Nogueira. Por isso, no dia 23, um dia após a convenção, a executiva de Brasília aprovou resolução para que o diretório do Tocantins deixasse a coligação com o PSB. Contudo, o registro de candidatura de Amastha incluiu o PT.
Dias depois, o PT nacional protocolou pedido ao TRE para que o partido deixe a coligação de Amastha, o que ainda não decidido. Para o ex-prefeito, o que interessa do PT é o elevado tempo de rádio e TV e de fundo eleitoral.