Os deputados federais petistas Célio Moura (eleito) e Milne Freitas foram impedidos pela Justiça de realizar uma caminhada por Augustinópolis, no Bico do Papagaio, em apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT) à Presidência na tarde desta sexta-feira, 26. Moura disse que a Polícia foi enviada para a Associação das Quebradeiras de Côco, onde a mobilização acontecia. “A gente está comunicando todo mundo da decisão e que a cumpriríamos, quando a Polícia chegou e até me ameaçou de prisão. Um absurdo o que está acontecendo aqui”, reagiu o deputado eleito.
Nessa quinta-feira, 25, como coordenador da campanha de Haddad no Estado, Moura enviou ofício ao juiz Jefferson David Azevedo Ramos, titular da 21ª Zona Eleitoral, em que comunica da “Caminhada pela Democracia e pelo Brasil”, que seria realizada na tarde desta sexta.
Em sua decisão, o juiz afirmou que o ofício foi apresentado por “pessoa que não detém legitimidade” e pediu que Moura apresente documento que comprove tem condições de fazer o pedido.
Também disse que o ofício não permite concluir que a segurança pública municipal estaria resguardada. “Não há qualquer informação do Comandante da Polícia Militar e do Ministério Público Eleitoral […] que a segurança da coletividade está resguardada”.
Moura questiona o fato de o juiz tratar o comunicado como para a realização de uma carreata, quando, na verdade, se trata de uma caminhada. “São coisas bem diferentes. Vou denunciar esse juiz à Corregedoria no Tocantins e ao Conselho Nacional de Justiça [CNJ]”, avisou o deputado eleito.
Após a decisão contra a carreata, o juiz fez outro despacho em que estende a proibição a “passeata ou qualquer outro evento congênere”, para “resguardar a segurança da coletividade, assim como auferir a legitimidade do peticionante”.
- Matéria atualizada às 18h22