O governador Marcelo Miranda (MDB) disse em entrevista ao CT no início da tarde deste sábado, 24, que não vai tomar qualquer medida que venha prejudicar seus sucessores. Ele espera para esta semana a publicação do acórdão do julgamento de quinta-feira, 22, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cassou seu mandato e da vice-governadora Cláudia Lelis (PV). Com a publicação, ele terá que deixar o governo para o presidente da Assembleia, Mauro Carlesse (PHS). Marcelo, contudo, avisa: “Não me dei por vencido.Tem muita coisa para acontecer, e vamos continuar lutando”.
Marcelo disse que fará uma reunião na manhã de segunda-feira, 26, com todo o secretariado para prestar contas e tomar decisões. Ele negou esteja definida a promoção de policiais militares, como se chegou a cogitar. O governador lembrou, porém, não ter feito nenhuma promoção na PM nesta gestão, e afirmou que isso também será tema da reunião de segunda com os secretários. “Não há nada definido, mas também não posso prejudicar a corporação, por isso, quero conversar com os auxiliares”, ressaltou.
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Ele disse ter consciência das limitações que este período lhe impõe, mas também defendeu que o governo “não pode parar”. “Não podemos parar a saúde, a segurança, a educação. Temos ações a desenvolver e contas a pagar”, destacou.
Marcelo disse que pretende entregar o Estado da “forma mais redonda possível” a Carlesse. “Quero ver este Estado continuar crescendo, jamais faria qualquer coisa que, em última instância, prejudicaria o Tocantins, jamais”, assegurou.
O governador avisou ainda que pretende trabalhar até o último instante. “Estou trabalhando normalmente e continuarei trabalhando”, garantiu.
Cabeça erguida
O governador disse que está “de cabeça erguida”. “Vamos continuar lutando, bola para frente”, afirmou. Como o MDB afirmou em nota nessa sexta-feira, 23, Marcelo também garantiu que todos os recursos judiciais serão usados para reverter a decisão do TSE.
Ele admitiu que não esperava a cassação até porque, neste mesmo caso, obteve decisão favorável no Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ainda havia o voto da relatora no TSE, ministra Luciana Lóssio, a seu favor. “Foi uma surpresa”, avaliou.