A executiva estadual do MDB decidiu liberar os líderes do partido a apoiar a quem quiserem e não mais exclusivamente ao candidato do PSB, Carlos Amastha. A decisão foi tomada na reunião que começou às 9h40 e terminou às 14 horas desta quarta-feira, 22. A legenda decidiu ainda indicar o presidente regional Derval de Paiva e o vereador de Araguaína Ferreirinha como, respectivamente, primeiro e segundo suplentes do senador Ataídes Oliveira (PSDB).
As deliberações desta quarta foram uma resposta dura do partido ao episódio de Sitio Novo, no sábado, 18, quando Amastha se recusou a subir no palanque do lançamento da candidatura do ex-prefeito Jair Farias a deputado estadual. O senador Vicentinho Alves (PR) também deixou os emedebistas insatisfeitos com a decisão de deixar a cidade e, como o candidato do PSB, não subir no palanque de Jair, que deu duas vitórias ao republicano na eleição suplementar, no primeiro e segundo turnos.
Segundo fontes do partido, o ex-governador e prefeito de Paraíso, Moisés Avelino, relatou a conversa com Amastha nessa terça-feira, quando disse que não o apoiaria pelos xingamentos do pessebista à velha política do Estado nas redes sociais. “Mas também sempre muito sensato e pragmático”, contou um dos participantes da reunião.
Os deputados estaduais disseram que seus prefeitos e líderes estão sendo muito assediados pelo governo e que uma boa parte “já não resiste mais”. “E que com essas coisas que Amastha está fazendo esses líderes se sentem desobrigados a apoiá-lo. Assim acabam migrando para outras candidaturas, a maioria tende ao Carlesse”, afirmou a fonte.
O ex-governador Marcelo Miranda e a ex-primeira-dama e deputada federal Dulce Miranda participaram da reunião e se mostraram muito indignados com a postura de Amastha. Eles deixaram claro que não aceitam mais apoiar a candidatura do ex-prefeito de Palmas.
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Nota de repúdio
Após a reunião, a executiva emitiu uma nota em que “lamenta e repudia veementemente os fatos desagradáveis” com os líderes do MDB. “Já reiteradamente submetidos a vexatórios constrangimentos”, diz a nota. Os emedebistas afirmam que continuarão na coligação, já que foi aprovado em convenção e não há como mudar, mas confirmam que todos estão liberados a apoiar quem quiser.
Confira a íntegra a seguir:
- Matéria atualizada às 18h57