Nota do presidente regional do MDB, Derval de Paiva, confirmou a informação antecipada pelo CT de que o partido suspendeu a convenção marcada para este domingo, 22, e está fora da eleição suplementar do dia 3 de junho para substituir o ex-governador Marcelo Miranda e a vice-governadora Cláudia Lelis (PV), cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 22 de março.
Derval disse na nota que o partido acredita “no restabelecimento do mandato popular que foi legitimamente outorgado nas urnas, voltando a reinar no Tocantins a estabilidade institucional, o desenvolvimento e o bem-estar social”. O trecho se refere à petição que a defesa de Marcelo protocolou na quarta-feira, 18, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A nota afirmou que o partido “manifesta discordância” da cassação de Marcelo, que classifica de “injusta e arbitrária”. O MDB disse ainda não concordar com a realização da eleição suplementar. “Tão inconveniente quanto danosa aos sadios interesses de nossa sociedade”, avaliou.
Derval também alegou que a decisão de não participar da eleição suplementar ocorreu “em respeito ao sentimento público de enorme reprovação” dessa disputa extraordinária.
Vitória de Dulce
O CT conversou com um deputado da legenda que se disse contra a decisão, que, para ele, representa a vitória da deputada federal Dulce Miranda “sobre a maioria do partido”. Isso porque Dulce se colocou contra o apoio do MDB à candidatura do senador Vicentinho Alves (PR). “O MDB virou o partido da Dulce”, ironizou o parlamentar, que preferiu não se identificar.
Pela 1ª vez
Esta será a primeira eleição direta sem a participação do MDB, desde a criação do Estado.
Em 1988, também numa eleição suplementar, o MDB concorreu com o então deputado federal José dos Santos Freire, que perdeu para Siqueira Campos. Em 1990 venceu a disputa com o hoje prefeito de Paraíso, Moisés Avelino, que disputou com Moisés Abraão. Em 1994, João Cruz perdeu para Siqueira, que venceu Avelino, depois, em 1998.
Em 2002, Freire Júnior foi derrotado por Marcelo Miranda, na época candidato pelo PFL (hoje DEM). Em 2006, o MDB voltou ao governo com já Marcelo, que venceu Siqueira.
Em 2010, o partido perdeu para Siqueira, concorrendo com Carlos Gaguim, hoje no DEM. Em 2014, o MDB reconquistou o poder com Marcelo Miranda novamente.
Confira a íntegra da nota do MDB: