Aliados tucanos do Palácio Araguaia preferem não falar publicamente, mas avaliam nos bastidores que faltou vontade política ao governador Mauro Carlesse (PHS) para segurar o senador Ataídes Oliveira (PSDB) na base. Para eles, o rápido fechamento de aliança com o ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB) pode ser vista como uma decisão precipitada de Ataídes, mas, de outro lado, não tiram a razão dele e dizem que, com um pouco mais de vontade, Carlesse poderia ter mantido o PSDB com ele.
Na tarde de terça-feira, 17, Ataídes foi ao Palácio Araguaia às 16 horas para conversar com Carlesse. O governador manteve seu jeitão calado, de muito ouvir e pouco falar. A solução que propôs ao tucano foi ele lançar uma candidatura avulsa a senador, e a oferta não agradou.
Ataídes saiu do encontro e foi resolver a vida com Amastha. Na noite de terça, a aliança entre PSB e PSDB foi anunciada.
Preocupação agora principalmente para os dois deputados estaduais tucanos, a presidente da AL, Luana Ribeiro, e Olyntho Neto. Eles defendem a pré-candidatura de Carlesse, mas dependem da decisão do PSDB. A maior parte dos prefeitos do partido também é pró-Carlesse. Todos estão vivendo um remake da convenção da eleição suplementar, quando foi o maior clima para decidir a participação tucana no processo.