Com a confirmação do pré-candidato a governador do PSB, Carlos Amastha, de que fechou aliança com o PR e o senador Vicentinho Alves, surge a dúvida se anúncio se deu por descartar o PT ou por ter sido descartado pelo partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Petistas disseram ao blog que foi a executiva regional da sigla que decidiu recusar qualquer possibilidade de se aliar à pré-candidatura de Amastha.
Conforme essas fontes do PT, a decisão foi tomada pela executiva em reunião na noite dessa segunda-feira, 23. O principal motivo, segundo petistas, foi a aproximação de Amastha com grupos que representam o que o ex-prefeito sempre disse combater, como PR e MDB, além do adversário histórico dos petistas, o PSDB.
Essa deliberação joga mais indefinição sobre o que o PT fará a partir de agora. O partido foi aliado de Amastha na eleição suplementar, com o advogado araguainense Célio Moura como candidato a vice-governador.
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A despeito dessa dúvida sobre quem rompeu primeiro, a decisão de se afastar do PSB foi comemorada por influentes petistas do Tocantins. “O Amastha agora está preocupado com voto, não com projeto, e ainda bem que a máscara caiu neste momento. Ele foi uma grande decepção e se mostrou um engodo”, afirmou um deles, que preferiu não ser identificado.
Para petistas ilustres como este, o ex-prefeito de Palmas vinha fazendo promessas para todos, PT e PR. A executiva petista foi informada, por exemplo, de que Amastha mantinha negociações diretamente com o presidente nacional do PR, Valdemar Costa Neto, enquanto prometia a vaga de senador para o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Estado.
Na reunião dessa segunda-feira, a avaliação, segundo petistas, foi de que Amastha se uniu a pessoas que representam “o atraso” do Estado. Além de PSDB e PR, Amastha também conversa com MDB, do ex-governador Marcelo Miranda. Sindicatos também se manifestaram contra a aliança com o ex-prefeito de Palmas, pela forma como os trabalhadores da educação foram tratados por ele na greve do ano passado.