Já está definido. O governador Mauro Carlesse se filiará semana que vem ao Democratas (DEM) em Brasília. O martelo foi batido na visita que Carlesse fez na quarta-feira, 17, à Capital Federal. O convite, que já tinha sido feito em outras ocasiões, foi reforçado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), e pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ).
O político tocantinense será o terceiro governador do DEM, que já conta com Mauro Mendes, em Mato Grosso, e Ronaldo Caiado, em Goiás.
Além de o partido estar turbinado com as presidências de Senado e Câmara, pesou na decisão a força do Democratas no governo Jair Bolsonaro, onde a sigla tem o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina (MS), e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (MS).
O Democratas promete uma grande festa de filiação de Carlesse, com a presença dos ministros e de seus principais líderes no Congresso.
Quem perde
Com a decisão do governador, quem perdeu foi o PP, que acreditava que poderia ter Carlesse em seus quadros.
Um cai, outro sobe
O governador está deixando o PHS, partido que preside no Estado, porque a sigla não conseguiu atingir a cláusula de desempenho nas eleições de outubro e, portanto, ficará inviável, sem tempo de rádio e TV, fundo partidário e fundo eleitoral.
Com Carlesse, devem deixar o PHS o vice-governador Wanderlei Barbosa e o presidente da Assembleia, Antônio Andrade.
Não se sabe ainda se eles seguirão para o DEM, que no Tocantins é presidido pela deputada federal Dorinha Seabra Rezende. De toda forma, a expectativa é de que o Democratas deve crescer significativamente com o ingresso do governador, recebendo muitos prefeitos.