A executiva nacional do Democratas pode se reunir na segunda-feira, 20, e decidir entregar o comando do partido no Tocantins para o governador Mauro Carlesse (PHS). Presidir a legenda no Estado é a condição que Carlesse exigiu para se filiar ao DEM, numa conversa que teve com o presidente nacional, ACM Neto, prefeito de Salvador.
Havia um acordo para que a presidência no Tocantins fosse dividida entre os deputados federais Dorinha Seabra Rezende, atual comandante da sigla, e Carlos Gaguim. Cada um ficaria dois anos. Com o interesse da executiva nacional no governador do Tocantins, Gaguim aceitou abrir mão e Dorinha ficou de conversar com a sua base e responder. Conforme o CT apurou em Brasília, a parlamentar daria a resposta nesta semana, mas até agora nada.
Segundo as fontes ouvidas pelo site, cobrado, ACM Neto avisou que vai reunir a executiva nacional na segunda-feira e discutir o assunto, com tendência de passar o partido para Carlesse. Dorinha, assim, tem o final de semana para se posicionar.
Quando o CT anunciou que Carlesse iria para o DEM, Dorinha até divulgou nota cumprimentando a escolha dele.
O governador tocantinense foi convidado a se filiar pelos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (AP), além do próprio ACM Neto.
Com Carlesse, o DEM passará a ter três governadores. No ano passado, o partido elegeu Mauro Mendes, em Mato Grosso, e Ronaldo Caiado, em Goiás.
Sem acordo
A assessoria de imprensa de Dorinha garantiu ao CT que não existe nenhum acordo com Gaguim para que o comando do DEM seja alternado no Estado. Ela disse ainda que o partido está entrando em período de convenção e que muita conversa ocorre, mas assegurou que não há nada confirmado sobre troca de direção.
Sem desempenho
O governador está deixando o PHS, partido que preside no Estado, porque a sigla não conseguiu atingir a cláusula de desempenho nas eleições de outubro e, portanto, ficará inviável, sem tempo de rádio e TV, fundo partidário e fundo eleitoral.
Com Carlesse, devem deixar o PHS o vice-governador Wanderlei Barbosa e o presidente da Assembleia, Antônio Andrade. Palacianos garantem que o governador poderá levar até 50 prefeitos com ele para o DEM.