O deputado federal Vicentinho Júnior (Progressistas) foi às redes sociais nesta quarta-feira, 17, defender o voto favorável à PEC da Blindagem, que dificulta o andamento de processos criminais contra congressistas. O tocantinense ignora o objeto do texto e faz um discurso político para se justificar. Para o progressista, o texto busca garantir segurança para que congressistas exerçam o mandato, o que classifica como uma “blindagem para poder pensar diferente”. “Igualamos o jogo. Quem quiser pensar diferente do atual governo, dos partidos de esquerda, se dê o direito de pensar”, afirma.
ATO LEGÍTIMO DE UM CONGRESSO QUE QUER CADA PODER NO SEU QUADRADO
Para Vicentinho Júnior, o texto busca evitar que políticos sejam perseguidos. “O Brasil de hoje vive um momento muito estranho. Um parlamentar de oposição ao atual governo não pode ter sequer a sua ideia preservada; a segurança, o decoro, a blindagem de uma Tribuna. […] Quem quiser criar narrativas ou se agarrar a elas, fique no seu direito até mesmo de errar, mas não venha desfazer, criminalizar, um ato legítimo de um Congresso Nacional que ao longo do tempo tem pedido aos outros Poderes: voltemos aos nossos quadrados constitucionais”, afirma o deputado.
VICENTINHO NEGA QUE IRÁ BLINDAR DEPUTADOS, MAS APOIOU VOTO SECRETO
Em um trecho, Vicentinho Júnior garante que – caso a PEC da Blindagem seja aprovada – não votaria pelo impedimento de um processo criminal contra um deputado que fez algo errado. Entretanto, isto será impossível de conferir caso este texto seja confirmado, já que a aprovação veio com a garantia de votação secreta, com o apoio do próprio deputado, inclusive do sigilo. “Qualquer congressista que cometer-se de um crime e que estiver achando que vai ter a blindagem do Congresso, está aqui um parlamentar que nunca colocou a digital para coisa errada, nem pelas que faço, nem pelo o que os outros fazem”, afirmou.
PARA A CLAQUE GOLPISTA
Vicentinho Júnior também aproveita para fazer o jogo da base eleitoral bolsonarista, minimizando os ataques aos Poderes de 2023 e sinalizando voto favorável à anistia. “Querem criminalizar a todo custo, inventar um golpe daqueles que fizeram aqueles movimentos do 8 de janeiro, que teve excessos sim. Quem pichou, responda pelo crime de pichação; quem passou batom em um prédio público, que responda; mas que não seja tratado de forma indistinta a outros que em outros momentos invadiram prédios do Incra do Ministério da Previdência”, afirmou.
Veja o discurso: