A ex-prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro (PSDB) falou pela primeira vez após deixar o comando da Capital sobre seu mandato, transição para o governo Eduardo Siqueira Campos (Podemos) e projetos futuros. Ela é a personagem da semana do quadro CT Entrevista. Cinthia negou que tenha deixado dívidas de R$ 300 milhões — que ela disse que, primeiro, falaram em R$ 500 milhões — e defendeu a municipalização que fez do transporte coletivo — afirmou que a operação pode ser concedida, mas a prefeitura não deve abrir mão da bilhetagem.
NÃO PASSOU RECIBO
Sobre a situação financeira do município, Cinthia lembrou que, quando assumiu, em abril de 2018, com a renúncia do então prefeito Carlos Amastha (PSB), 70% do orçamento do município já havia sido empenhado e executado, o que criou dificuldades financeiras para a nova gestão. “Ninguém me viu passando recibo de como eu recebi a prefeitura naquela época”, ressaltou.
SÓ RESTOS A PAGAR
No caso dessa transição do governo dela para Eduardo, a ex-prefeita disse que são restos a pagar normais de qualquer gestão e que não chegam a R$ 300 milhões. “Obviamente, assim como eu assumi tantas outras despesas, essas despesas e a organização do fluxo de tudo isso passa pela gestão atual e com muita responsabilidade”, afirmou.
BOA CABRA NÃO BERRA
Nesse ponto, a ex-prefeita lembrou de um velho ditado: “A minha mãe me chama de ‘cabra teimosa’, e eu falo que a boa cabra não berra. Ela sobe a montanha sem olhar para trás, enfrenta os desafios e faz o que de fato tem que fazer. Então, a vida pública não nos reserva apenas flores. Obviamente fazemos inúmeros desafios”.
RECURSOS PARA CAPITAL DA FÉ E CARNAVAL
Cinthia garantiu que havia recursos assegurados na Lei Orçamentária para a realização do Capital da Fé e do carnaval, ambos cancelados pelo prefeito Eduardo Siqueira Campos, que alegou a gravidade financeira do município. “Em particular, o Capital da Fé é uma lei que foi aprovada quando ainda eu não era prefeita. E, como lei, obviamente, ela precisa ser executada”, advertiu.
ESCOLHA CERTA
Na entrevista, ela ainda comentou a relação com seu ex-vice-prefeito André Gomes (PL), com os governos Mauro Carlesse (Agir) e Wanderlei Barbosa (Republicanos); e também sobre os projetos pessoais e do PSDB, partido do qual é presidente regional, para as eleições estaduais de 2026. A ex-prefeita ainda defendeu a escolha que fez de apoiar a candidatura de Eduardo no segundo turno do ano passado. “O sucesso da administração do Eduardo vai respaldar ainda mais que a nossa escolha foi uma escolha certa, é uma escolha certa. Eu torço muito para que ele faça uma grande gestão, ainda melhor que a minha, ainda melhor que a do Amastha, Raul, Nilmar, nosso saudoso Odir e seu Fenelon. Que ele de fato possa marcar esse novo tempo, um novo tempo para a cidade, um novo tempo para nós, para o grupo, um grupo político que começa a se realinhar”, defendeu.
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