O vereador Carlos Amastha (PSB) afirmou na sessão da manhã desta quarta-feira, 10, da Câmara de Palmas, ter protocolado ofício ao presidente da Assembleia, deputado Amélio Cayres (Republicanos), cobrando resposta para o pedido de impeachment do governador afastado Wanderlei Barbosa (Republicanos), feito ainda no dia 3, data da segunda fase da Operação Fames-19.
SEM CHANCE
Amastha avaliou que a probabilidade de Wanderlei voltar é “de 0%, nem 1%”. “Porque o [ministro Edson] Fachin [relator do caso no STF] é reconhecido como um cara muito duro, muito sério, inclusive, lembrando que no dia 29 agora assume a presidência do Supremo Tribunal Federal”, afirmou.
FAÇA DIFERENTE
O vereador lembrou que, quando afastou o ex-governador Mauro Carlesse, o mesmo ministro relator do caso da Fames-19, Mauro Campbell, disse a Wanderlei: “Faça diferente”. “Eu não sou julgador e não cabe a mim falar das provas do que existe, do que não existe contra o governador afastado e sua família. Isso não cabe a mim, isso é questão que a Justiça tem que definir, mas não dá para viver mais esses tempo. A gente espera que o governador Laurez faça diferente. A gente conhece a história dele, foi deputado federal, foi um brilhante prefeito”, disse.
MÃE DINAH
Quem reagiu foi o vereador Wilton do Zé Branquim (Progressistas), que pediu o aparte e disse que Amastha “está parecendo a Mãe Dinah”. Ele afirmou que colega do PSB falava que o prefeito Eduardo Siqueira Campos, afastado pela Operação Sisamnes, não voltaria, e errou. Zé Branquim ainda disse que, quando Amastha abordou a corrupção, “esqueceu de falar” de sua gestão como prefeito. O progressista se referiu, em seguida, aos supostos desvios do PreviPalmas no governo Amastha. “Foram quase R$ 100 milhões”, apontou. “Antes de Vossa Excelência falar da corrupção de alguém, eu acho que Vossa Excelência tinha que falar um pouco da sua gestão.”
NA COMISSÃO DE ÉTICA
Amastha ficou indignado e chegou a falar formalizar uma representação contra Zé Branquim na Comissão de Ética da Câmara. “Porque o senhor está levantando falso testemunho. Eu nunca toquei em um centavo do povo desta cidade, nunca fui condenado, como Raul filho foi condenado e está inelegível, por isso, não pode ser secretário”, comparou.
PATROCINAR O IMPEACHMENT DE EDUARDO
Sobre o afastamento do prefeito, o parlamentar do PSB disse que Zé Branquim “estava ligando para vários vereadores para patrocinar o impeachment” de Eduardo. “Lave a boca quando falar do prefeito Eduardo Siqueira Campos. Eu nunca [sobre pedir o impeachment de Eduardo]. Eu sou um homem de palavra, eu sou homem sério, honesto, e nunca, nunca, fiz nada contra o mandato ou nosso prefeito”, garantiu.
LAVE A BOCA
Depois, Amastha negou irregularidades em seu governo e garantiu: “Se houver corruptos [na gestão dele] serão punidos, este prefeito nunca foi envolvido em nenhum caso de corrupção. Lave a sua boca quando fala de meu santo nome”.
SEM DEFESA DO IMPEACHMENT
Branquim retomou a palavra e disse que “se tem alguém que tem que lavar a boca para falar alguma coisa” é Amastha. “Se o senhor olhar o meu CPF, minha vida pregressa, o senhor não vai encontrar nenhum processo”, avisou, e reforçou que o ex-prefeito tem que explicar para os servidores os supostos desvios de quase R$ 100 milhões. O progressista ainda negou que tenha ligado aos colegas em busca do impeachment do prefeito Eduardo Siqueira Campos.