CINTHIA ARRUMOU PARA A CABEÇA
A partir desta quinta-feira, 11, vai ficar claro o tamanho do problema que a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), arrumou por não conseguir manter sua base. Ela perdeu a maioria apertada que tinha na Câmara, que passou para a oposição, onde estima-se que agora estão dez vereadores contra nova da base governista. Na sessão desta quinta, os oposicionista já forçaram para abrir a sessão. Dizem que, para impedir isso, uma manobra da situação teria feito sumir da Casa a superintendência legislativa e até o som.
QUER REDISTRIBUIÇÃO DOS CARGOS
Mas a coluna apurou que as dores de cabeça de Cinthia podem estar apenas começando. A nova oposição turbinada quer rever a distribuição dos cargos nas comissões permanentes da Câmara por conta da formatação partidária que se redefiniu pela janela fechada no final de semana. Os parlamentares oposicionistas se baseiam no artigo 15, parágrafo 5º do Regimento Interno, que diz:
“Dissolvido o Bloco Parlamentar, ou modificado o quantitativo da representação que o integrava em virtude da desvinculação de Partido, será revista a composição das Comissões, para fim de redistribuir os lugares e cargos, consoante proporcionalidade partidária”.
IMPEDIDO
O deputado estadual Gutierres Torquato (PDT) também não pode ser líder do governo Wanderlei Barbosa (Republicanos) na Assembleia. Ele é segundo vice-presidente da Casa, e, como membro da mesa, está impedido de exercer a função.
MARCUS E SURGE NILTON
Assim, ganha mais força o nome do ex-dimista Marcus Marcelo (PL). Contudo, no Aleto, fala-se também de Nilton Franco (Republicanos).
PT TERÁ CANDIDATO EM DUERÉ
Em Dueré, o PT deverá lançar candidatura própria. O partido já governou o município com o advogado Zé Brito e agora deve colocar nas ruas a campanha do médico Arimateia Macêdo, que já foi vereador. Assim, a cidade poderá ter três candidaturas: a dele, a de Dida Moreira (PDT), irmão do vice-governador Laurez Moreira (PDT); e a da ex-secretária da Saúde Mariana Coelho (PL), sobrinha do prefeito Valdeni Carvalho.
DE 10 A 15
Por falar no vice-governador, Laurez Moreira garantiu à coluna que o partido presidido por ele, o PDT, elegerá de 10 a 15 prefeitos, e não os dois ou três apontados pelo meio político, como a coluna divulgou nessa quarta-feira, 10. Para Laurez, o PDT deve ser uma das siglas que despontará, proporcionalmente, entre as que mais crescerão nestas eleições — ele diz que ficará apenas atrás do Republicanos –, com uma quantidade significativa de vice-prefeitos (de 50 a 60) e vereadores (cerca de 200). De candidatos a prefeito, o partido do vice-governador projeta que terá de 20 a 30. O PDT tem 113 diretórios organizados no Tocantins.
FRAUDNEIS FICA, MAS DELMONDES SAI DO MESMO JEITO
O vereador Fraudneis Fiomare (Progressistas) desistiu de voltar para a Câmara de Araguaína e vai permanecer no cargo de diretor regional da Secretaria Estadual dos Esportes e Juventude. Ele chegou a um entendimento com o primeiro suplente, Robert Delmondes (PRD), que abriu mão da vaga para dar oportunidade à segunda suplente, Socorro Ferreira (Progressistas). A mudança se deve à insatisfação da oposição com o fato de Delmondes ter se aproximado do prefeito Wagner Rodrigues (UB) e até ter articulado a adesão do PRD à campanha de reeleição. A cerimônia de posse de Socorro aconteceu na manhã desta quinta-feira, 11, no gabinete do presidente Marcos Duarte (PSD).
VERGONHA NACIONAL
É um vergonha nacional a votação maciça dos deputados federais do Tocantins em favor da soltura deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018. Nada menos do que seis dos oito foram favoráveis a Brazão. Cinco por ação — votaram contra a prisão — e um por omissão — se absteve. Só Alexandre Guimarães (MDB) e Ricardo Ayres (Republicanos) votaram pela prisão.
SOLTEM BARRABÁS!
Pior: deputados-pastores pediram a libertação de Barrabás. Ou seja, votaram pela libertação do acusado de assassinato. Desculpem, mas não passo nem perto da porta da igreja dessa gente.
UM ATO DESUMANO
O que estava em debate na Câmara não era o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes ou a ideologia de Marielle. Mas o assassinato covarde de dois seres humanos e o trabalho sério da Polícia Federal, que alguns reconhecem só quando o alvo são adversários políticos. Quando o preso é um miliciano amigo votam contra a PF. Por isso, votar pela liberação de Brazão foi um ato desumano.