MOVIMENTAÇÃO CONFIRMADA
O presidente da Câmara de Formoso do Araguaia, Felipe Souza (PRTB), confirmou à coluna que a oposição tem se organizado para oferecer a denuncia contra o prefeito Heno Rodrigues (UB) e seu vice, Israel Borges Nunes, o Kawê, por conta do suposto desvio de recursos públicos do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate) na prefeitura, alvo da investigação da Polícia Federal na Operação Dubai, bem como pedir o afastamento “de alguns outros envolvidos que não foram demitidos”. A informação foi antecipada nessa terça-feira, 20, pela coluna.
COM MUITA RESPONSABILIDADE
Segundo o presidente, a oposição procurou a situação e informou a intenção de fazer o pedido de impeachment de prefeito e vice. Souza contou que, no primeiro momento, a base disse que irá aguardar o protocolo e, após isso, “se posicionará imparcialmente a favor das apurações para dar uma resposta à sociedade que está cobrando um posicionamento da Câmara”. “Mas informo que esta situação será tratada com muita responsabilidade e seriedade por parte do Poder Legislativo, dando uma resposta à altura do que a população espera, e que está sendo consultada”, afirmou.
7 DA BASE FORAM PARA A OPOSIÇÃO
Conforme a coluna apurou, a oposição contava com apenas três vereadores e a base de Heno era sustentada por oito. Contudo, os oposicionistas garantem que a operação provocou uma deserção de governistas e sete deles agora estão contra o prefeito. Assim, com dez parlamentares, a oposição não tem dúvidas de que conseguirá iniciar até o final do mês os trabalhos da comissão processante, que poderá resultar na cassação de Heno e Kawê.
PALITO SEGUE FIRME COM WAGNER
O ex-deputado estadual Raimundo Palito, secretário executivo da Saúde da Prefeitura de Araguaína, negou à coluna as especulações de que teria rompido com o prefeito Wagner Rodrigues (UB) e passado a compor o grupo do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) na cidade. Ele disse que é amigo do governador desde que ambos eram deputados estaduais, mas que nunca pediu ou Wanderlei lhe ofereceu cargo no Estado. “Tenho muito orgulho de compor a base do prefeito Wagner e o grupo do deputado estadual Marcus Marcelo [PL]”, avisou.
VAI AGUARDAR DEFINIÇÃO DE MARCUS
Sobre as eleições municipais de Araguaína, Palito disse que vai aguardar a definição de Marcus para só então anunciar seu rumo. “Pertenço ao grupo do Marcus, por isso, só depois do deputado se posicionar que tomarei meu caminho. E tenho independência para decidir minha posição, mas respeito o Marcus e o Wagner”, ressaltou.
RELAÇÃO NADA BOA
Ele admitiu, sem dar detalhes, que a relação entre o prefeito e seu ex-vice e hoje deputado estadual não anda boa, e disse que torce para ambos se entendam. Wagner e Marcus ficaram de se conversar ainda no ano passado, mas até agora isso não ocorreu. No meio político araguainense faz tempo que se observa que o parlamentar tem evitado eventos da prefeitura.
O AUSENTE
Mais uma votação emblemática não conta com a participação do senador Irajá (PSD). Ele não votou na sessão dessa terça-feira, 20, em que o Senado aprovou o fim da chamada “saidinha” dos presos em feriados. Eduardo Gomes (PL) e Dorinha Seabra Rezende (UB) votaram para acabar com o benefício no sistema prisional. A matéria votará para a Câmara. Irajá também não compareceu no dia 22 de novembro para votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões monocráticas no Supremo Tribunal Federal (STF) e em outros tribunais superiores (PEC 8/2021), nem votou a reforma tributária no dia 9 de novembro.
NÃO ASSINA PEDIDO DE IMPEACHMENT
O deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos) avisou em suas redes sociais que não assinará “nenhum pedido de impeachment” contra o presidente Lula. Ele explicou defender uma solução diplomática para a crise com Israel, “que pode ocorrer, por exemplo, por meio de um pedido de desculpas”. “Tenho responsabilidade com o Brasil e, por isso, não agirei de maneira a expor o país, novamente, a uma insegurança política e econômica apenas para satisfazer o ego de quem tem divergências políticas”, disse. Ayres lembrou que a experiência histórica, inclusive a do Tocantins, “nos ensina que a antecipação do término de mandatos de governantes pode ter um custo amargo”. “Precisamos reconhecer a necessidade de união e sobriedade neste momento”, avaliou. O pedido da direita já foi assinado pelo deputado Vicentinho Júnior (Progressistas) e pelos deputados-pastores Eli Borges e Filipe Martins, ambos do PL.
APOIO GERAL
Pai da dupla Henrique e Juliano, Edson Reis, como a coluna antecipou esta semana, cogita lançar sua pré-candidatura a prefeito de Palmeirópolis. Ele conta com a simpatia de deputados estaduais e federais, vários ex-prefeitos da cidade e membros do alto escalão do governo do Tocantins, inclusive do próprio governador Wanderlei.
PADRE KELMON EM PALMAS
Palmas vai receber no dia 23 evento de criação do Foro do Brasil Tocantins, que ocorrerá na Câmara, das 9 horas, com a presença do ex-candidato a presidente da República de 2022 Padre Kelmon Luís. Esse órgão é uma versão da direita ao Foro de São Paulo, organização da esquerda. O Foro do Brasil conta com a participação de políticos bolsonaristas como as deputadas Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP) e o senador Magno Malta (PL-ES). Entre os tópicos realçados pelo convite para o evento de Palmas, o Foro destaca: “fortalecendo laços cristãos, descobrindo líderes e conscientizando”.
ÁGUA E ÓLEO
Ao Diário Tocantinense, a ex-prefeita de Guaraí Lires Ferneda (sem partido), que deixou o PSD, usou uma conhecida metáfora para ilustrar a relação dela com sua ex-aliada, a prefeita Fátima Coelho (UB): “Somos como água e óleo”. “Ela está seguindo a ação dela e eu a minha vida. Tem coisas que estão acontecendo”, avisou Lires, que é pré-candidata à sucessão de Fátima.