JAIR FARIAS EVITOU A RÉPLICA DE MANTOAN
Presidindo a sessão solene na homenagem da Assembleia aos 50 anos da Codevasf, na quinta-feira, 22, o deputado Jair Farias (UB) usou de uma manobra para evitar a réplica de seu colega Eduardo Mantoan (PSDB), que se aproveitou do momento para atacar o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) — por cujo apoio nas eleições deste ano em Palmas, ele trabalhava até o início do ano –, em função da operação da PF de quarta-feira, 21. Ao invés de ir à tribuna discursar, como era o protocolo, Farias preferiu dar a esculachada no colega que profanou a sessão institucional da própria mesa. Isso porque, se fosse à tribuna, era Mantoan quem estaria na presidência e poderia voltar a falar do tema que constrangeu a solenidade.
SEM CELULARES
Diretores de escola contaram à coluna que acharam estranho os celulares deles serem recolhidos antes da reunião eleitoral que tiveram na quarta-feira, 21, com o candidato a prefeito de Palmas pelo PSDB, Júnior Geo, a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) e o deputado estadual Eduardo Mantoan (PSDB). A assessoria da campanha explicou que é comum antes dessas reuniões a prefeita pedir para que se recolha todos os celulares e os coloquem num envelope.
R$ 7 MILHÕES EM ESPÉCIE
Segundo participantes reunião que falaram com a coluna, Geo disse a eles que recebeu oferta de R$ 7 milhões em espécie para desistir da candidatura. O tucano contou ainda que tem os prints dessa conversa com a proposta. Deram duas opções a ele: deixar simplesmente a candidatura de Palmas ou que disputasse a Prefeitura de Porto Nacional, cidade natal do candidato. Além disso, Geo lembrou em sua fala que o impediram de ingressar em outros partidos para concorrer na Capital. Ele citou o MDB e o Solidariedade.
PROMETEU E NÃO ENTREGOU
Já na reunião de sexta-feira, 23, na inauguração do comitê de Geo, foi a vez da prefeita Cinthia Ribeiro ir com tudo para cima do governador Wanderlei Barbosa. “Não era obrigado a prometer para Palmas, mas prometeu e não entregou, mas essa conta eu vou cobrar. São três coisas pequenininhas que eu pedi, nenhuma delas para mim”, ela disse. Entre essas coisas, Cinthia citou o patrimônio imobiliário da Capital. “Que devolvesse para Palmas o que é de Palmas. Não honrou, não honrou, mas eu vou atrás dessa promessa e você [para Geo] vai ser prefeito para continuar cobrando isso”, avisou a seu candidato.
CURRALEIRO NUNCA SERÁ NELORE
Em outro ponto mais duro, Cinthia disparou: “Eu vou ensinar pra muito gado que um curraleiro nunca será um Nelore”. Obviamente, referência ao termo que marcou a campanha de reeleição do governador Wanderlei em 2022, com forte apoio da prefeita de Palmas e de Mantoan.
APOIO DE FILIPE E AMARILDO INDIGNA WLISSES
O candidato a prefeito de Palmeirópolis pelo PDT, Wlisses Barros, está indignado pelo apoio declarado a seu adversário, o prefeito Bartolomeu Moura (Progressistas), pelo líder da Igreja Assembleia de Deus Madureira no Tocantins e Maranhão, pastor Amarildo Martins, e seu filho, o deputado federal Filipe Martins, além de outros nomes proeminentes da denominação religiosa. Bartolomeu postou até agradecimento em seu perfil no Instagram.
HISTÓRIA COM A ASSEMBLEIA
A indignação de Wlisses se deve ao fato de ele ter história com a igreja, que avalia que foi desrespeitada. O candidato pedetista é membro da Assembleia de Deus desde o nascimento, é presbítero por lá há dez anos e o único candidato local da denominação, numa coligação com quatro candidatos a vereadores assembleianos, um deles vice-pastor da igreja.
ABORDAGEM INJUSTA E ARBITRÁRIA
A campanha da candidata Irisnete (PSD) está dizendo policiais militares fizeram uma abordagem que consideraram “injusta e arbitrária”, durante evento político no sábado, 24, promovido pelo segmento jovem do grupo. “Um jovem presente no evento foi acusado injustamente, em uma clara tentativa de prejudicar a realização da nossa manifestação democrática”, afirmou em nota de repúdio o empresário Nícolas Pedreira (MDB), ex-candidato a prefeito e agora aliado de Irisnete. Segundo foram informados, uma denúncia anônima — que a campanha suspeita que partiu dos adversários — acusava um jovem de estar no evento portando drogas e/ou armas. Duas viaturas chegaram, com policiais fortemente armados, “invadiram” o local — nos termos usados pelos aliados de Irisnete –, fizeram buscas no suspeito, não encontraram nada e foram embora, depois de muita tensão e até um empurra-empurra contra uma advogada presente.
DENÚNCIA ELEITOREIRA
Em sua nota de repúdio, Nícolas afirma que “essa ação evidencia uma denúncia eleitoreira, feita com o objetivo de intimidar e silenciar os nossos apoiadores, comprometendo a liberdade de expressão e de reunião, direitos garantidos pela nossa Constituição”. “Tais práticas são inaceitáveis em uma democracia, onde o respeito ao direito de participação política deve ser preservado e garantido para todos”, defende. “Repudiamos veementemente qualquer tentativa de manipulação e coerção por meio de falsas acusações e de abuso de autoridade. Exigimos que os responsáveis por essa ação sejam devidamente investigados e que sejam tomadas as devidas providências para garantir que situações como essa não se repitam. Continuaremos firmes na nossa luta por um processo eleitoral justo, transparente e democrático, onde todos possam exercer seus direitos sem medo de retaliações ou perseguições.”
APOIO AO SOMOS
A ex-presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Tocantins (Coren-TO), Emília Maria Miranda, declarou o apoio à candidatura do Coletivo Somos à Câmara de Palmas. Ela enfatizou a importância de uma representatividade mais diversificada e comprometida com os direitos das mulheres e a igualdade social no parlamento municipal. “Eu venho apoiar o Somos mais uma vez por acreditar nas propostas, principalmente na questão das políticas públicas. A Thamires representa muito bem a mulher negra e empoderada, trazendo a importância da mulher na política. Acredito que as pessoas que apoiarem o coletivo não vão perder, pelo contrário, vão ganhar, porque irão oportunizar muitos projetos na sociedade, especialmente na periferia, na defesa do SUS e na educação de Palmas”, defendeu a ex-presidente.
BILHETE DO CT À PF
Caros agentes,
Faz tempo que penso em começar este espaço na coluna e o intenso e árduo trabalho que nossos políticos têm dado a essa ilustre, corajosa e tão temida corporação me estimularam a abrir a seção com umas poucas palavras para os senhores. Nada demais, só um registro, um relato do que vi nas minhas andanças por Porto Nacional no final de semana e um aviso que me pediram para passar.
O registro é de que tem muita gente que não dorme desde semana passada, quando irrompeu a primeira onda do tsunami. Na segunda veio um desespero quase incontrolável. Quando agora chegou a terceira, a cidade ficou totalmente desabastecida de ansiolíticos. Zerou o estoque de Alprazolam, Rivotril, Escitalopram ou qualquer outro do tipo.
O relato que trago das minhas andanças é que existe uma expectativa enorme de que a quarta onda do tsunami caia sobre a Assembleia. Em todas as rodas de Porto Nacional pelas quais passei para o lançamento do excelente livro desse gigante escritor tocantino Edivaldo Rodrigues, “Folclore político do Tocantins” — título que vem a calhar com este momento em que os senhores contribuem, sem o saber, para novos capítulos para as próximas edições –, o que me disseram no final de semana é que há tempo que nossas Excelências carecem dessa visita sempre ao alvorecer. Nada contra nossos legisladores, me garantiram, apenas que tenham a oportunidade de provar a todo o Tocantins que estão à altura de representá-lo.
O aviso que me pediram para dar aos senhores (me perdoem o excesso de liberdade a que me dou) é que, se forem embora sem fechar o ciclo Executivo, Judiciário e Legislativo, seu trabalho não terá sido completo.
Saudações democráticas,
CT