QUEREM JOSEPH FORA
Quatro diretores da Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa) já pediram afastamento da entidade. Motivo: a presidência com o empresário Joseph Madeira, investigado na operação Fame-19, da Polícia Federal, que apura desvios de recursos para cestas básicas durante a pandemia de Covid-19 entre 2020 e 2021. Os quatro vice-presidentes e outros diretores da Acipa se reuniram com Joseph na sexta-feira, 30, e pediram que ele se afastasse da presidência para poupar a entidade e também se dedicar à sua defesa. O empresário pediu tempo para pensar. Na segunda-feira, 2, houve uma segunda reunião. Joseph bateu o pé e avisou que não sai. Aí começou o esfarelamento da direção, com quatro diretores se afastando. Segundo dizem, a situação já tem reflexos na entidade e ações estão prejudicadas, como o tradicional Café com Empresários.
INSATISFAÇÃO NO UB
Há uma insatisfação ganhando corpo com a distribuição do fundo eleitoral pelo União Brasil, presidido no Tocantins pela senadora Dorinha Seabra Rezende. De candidatos a deputados do grupo, a chiadeira é grande. E citam exemplos à coluna: vereador de mandato da Capital, Rubens Uchôa recebeu R$ 176.040, enquanto Claudemir Portugal, ex-vereador, abocanhou R$ 224.940. Em Porto Nacional, Ronivon Maciel viu a conta de sua campanha engordar com R$ 1.099.800 e Wagner Rodrigues, de Araguaína, com eleitorado bem maior, com R$ 1.003.575.
CARD “BBB” DA OPOSIÇÃO
Confusão grande mesmo está em Tocantinópolis e virou até card dos adversários do partido de Dorinha, uma espécie de BBB, com escolhidos e eliminados. O presidente da Câmara, Irmão Jairo, recebeu R$ 24.450, outros três candidatos do União Brasil tiveram o privilégio de R$ 7.335,00 cada um e os demais ficaram a ver navios. Nem um centavo.
PRECISA DE CRITÉRIO
Para os revoltosos, falta critério de quem deve receber mais e menos, explicação clara dos motivos dos muitos chamados, mas poucos os escolhidos.
SENTIMENTO DE JUSTIÇA E TRISTEZA
O ex-governador Marcelo Miranda (MDB) gravou vídeo para as redes sociais para comentar a decisão da Justiça de julgar improcedente o programa Governo Mais Perto de Você, depois de 18 anos. “Esta decisão traz um sentimento de justiça, mas também de tristeza, pois foram anos de sofrimentos para mim, para a minha família e para o povo. Fui impedido de exercer mandatos legítimos no governo e no Senado Federal, mas sempre mantive a consciência tranquila”, afirmou Marcelo. “Sigo sem mágoas, de coração limpo, fazendo o bem, com esperança e força renovadas.”
APOIO QUASE À DISTÂNCIA
Foi inusitado o anúncio do apoio do PSB, do candidato a vereador Carlos Amastha (PSB), a Eduardo Siqueira Campos, sem que o candidato a prefeito do Podemos estivesse presente para ouvir rasgados elogios e entoar louvores de volta ao novo, e importante, aliado. Eduardo, que fazia caminhada pela JK, passou pela chamada Casa 40, a sede do PSB, quando a entrevista coletiva já havia terminado e os jornalistas ido embora. Assim, o encontro dos dois líderes foi como que casual e apoio de Amastha quase que à distância.
BAIXA NA CAMPANHA DO PSB
O PSB de Carlos Amastha teve uma baixa nesta quinta-feira, 5. O candidato Barbosão retirou sua candidatura a vereador e declarou apoio a Janad Valcari (PL) à Prefeitura de Palmas. Nos bastidores, o que se diz é que a candidata do PL pode provocar outras baixas por lá. Na campanha do PSB, a desistência de Barbosão já era esperada. Segundo a coluna apurou, candidato ele nem foi buscar seu material de campanha e era dado como fora desde segunda-feira, 2.
JANAD ABRE SABATINA DA CDL
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Palmas (CDL Palmas) começa nesta quinta-feira, 5, a série de sabatinas com os candidatos a prefeito. A primeira que vai ser ouvida é a candidata do PL, Janad Valcari, às 17 horas. Sempre no mesmo horário, na segunda-feira, 9, será a vez de Eduardo Siqueira Campos (Podemos); na quarta-feira, 11, Lúcia Viana (Psol); e no dia 13, Júnior Geo (PSDB). As sabatinas são voltadas aos empresários para que possam conhecer melhor as intenções e estratégias de cada candidato.
FALA DE JACQUELINE ADORNO ESPANTA ADVOGADOS E MAGISTRADOS
Advogados e magistrados ficaram espantados com a forma como a desembargadora Jacqueline Adorno suspendeu nessa quarta-feira, 4, a sessão de uma turma que ela presidia no Tribunal de Justiça por conta do velório no prédio da Corte de seu colega, o desembargador aposentado José de Moura Filho, que faleceu na terça-feira, 3, aos 78 anos. A desembargadora abriu e já fechou a sessão, mas não citou o nome de Moura Filho, a quem se referiu como “uma pessoa que faleceu” e “um ex-membro desta Casa”. “É uma pessoa que faleceu, pode acontecer… Aliás, vai acontecer com todos. Essa é única certeza que nós temos”, afirmou com um leve sorriso. Depois, a magistrada disse que, em sinal de respeito, a sessão não ocorreria. “Conto com a colaboração e humanidade de todos”, encerrou. Um advogado que estava na hora relatou: Fiquei abismado e todos ficaram chocados com o que ouviu, magistrados e advogados”.
Assista:
BENEFÍCIO AO SETOR DE ENERGIA SOLAR
O Senado aprovou, por 44 votos a 25, um destaque ao projeto de lei do combustível do futuro que beneficia o setor de energia solar. O destaque foi apresentado pela liderança do PSD e envolvia uma emenda do senador Irajá (PSD), que “iguala o prazo de 30 meses para que os minigeradores iniciem a injeção de energia, independentemente de qualquer fonte”. O texto inicial do projeto não previa nenhum benefício do tipo para o setor de energia solar. Para Irajá, “os pretendentes a minigeradores de energia solar são desprivilegiados e desestimulados a realizar investimentos, pois o prazo reduzido de 12 meses para a modalidade pode inviabilizar o atendimento da exigência legal e, consequentemente, trazer prejuízos a ele”.
CHAYLA SE EMOCIONA EM CAMINHADA NO TAQUARALTO
Em caminhada com Eduardo Siqueira Campos na manhã dessa quarta-feira, 4, em Taquaralto, a candidata a vereadora de Palmas Chayla Felix (Podemos) disse que ficou emocionada com o reconhecimento da população ao seu trabalho de apresentadora do programa Balanço Geral, da TV Jovem/Record. A telespectadora Patrícia Chagas afirmou que Chayla “é a melhor opção para uma cadeira na Câmara” e se explicou: “A Chayla é do povo! Sempre esteve ao nosso lado como apresentadora do Balanço Geral e, com certeza, é uma excelente opção para representar a população mais humilde na Câmara! Eu tenho certeza que ela tem esse olhar para o povo porque ela veio do povo”. A candidata agradeceu à moradora e ressaltou ainda a ela que seu compromisso é lutar pelos direitos das mulheres e mães de Palmas. “Sei que muitas mães criam os filhos sozinhas. Essas mulheres precisam de mais cuidados. Eu vou trabalhar muito para dar qualidade de vida para as mães e mulheres palmenses”, garantiu.
BILHETE DO CT
Aos vereadores de Miranorte e Gurupi,
Por si só, a abertura de investigação no Legislativo contra prefeito neste momento é um tema tão contaminado pelo processo eleitoral em curso que até opinar sobre ele se torna algo extremamente tóxico. Como é praxe do pensamento raso que impera, quem se manifesta sobre a pauta, sobretudo com as temperaturas elevadas nos corações partidariamente apaixonados, imediatamente é tachado de tomar lado na disputa. Mas essa é uma das missões espinhosas que puxei para mim, então, não tenho como fugir. Porque é importante colocar essa bola no chão e tentar racionalizar. Tenho relação muito respeitosa e apenas de jornalista-fonte com a prefeita de Gurupi, Josi Nunes, há mais de 20 anos, desde quando ela era deputada estadual histórica do MDB, e nunca sequer ouvi a voz do prefeito de Miranorte, Carlinhos da Nacional.
Dito isso, este não é momento para CPI e processo de impeachment. Justamente porque não há como blindá-los do clima eleitoral. A despeito do mérito, no qual não entro, por não conhecer a fundo as acusações que pesam contra cada um. A pergunta básica do cidadão é: por que só agora? Tudo bem, podem dizer que apenas nesta época, coincidentemente, conseguiram obter as provas, indícios ou testemunhas. Mas o questionamento é válido.
Um processo desses é desgastante para a câmara e toma muito tempo, caso se queira realizá-lo com a seriedade que exige, e não apenas produzir cortes de vídeo e discursos inflamados para embalar a campanha eleitoral de vereadores e candidatos a prefeito de oposição. Os membros das comissões têm que se debruçar sobre centenas de documentos, manter reuniões infindáveis com a equipe jurídica, enviar ofícios e aguardar respostas, ouvir muitas testemunhas e acusados, preparar-se bastante para fazer essas oitivas. Enfim, não se faz uma CPI ou comissão de impeachment nas horas vagas da campanha — se é que as eleições permitem que se tenha alguma folga, porque os vereadores estão em caminhadas de manhã à noite, em reuniões, comícios, etc.
Como conciliar todos esses compromissos e ainda impedir que a disputa eleitoral influencie as investigações? Impossível. Por isso, com todo o respeito, não acredito que esses trabalhos possam ser levados com a seriedade que precisam. Ou ficará pela metade, e, mal-feito, abrirá brechas enormes para seus resultados serem derrubados no Judiciário; ou — o que é mais provável — se tornará extensão da campanha eleitoral que desenrola na cidade, o que vai tirar totalmente a credibilidade do relatório e das decisões do Legislativo.
Se há mesmo seriedade, vontade de investigar e de punir possíveis abusos desses prefeitos, não seria melhor abrir essas comissões após as eleições, quando todos os envolvidos já depuseram armas, a razão recomeça a dar sinais de vida e a lucidez possa imperar?
Saudações democráticas,
CT