INSATISFAÇÃO EXPOSTA
As falas do secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcelo Lelis, divulgados pela Coluna do CT nesta sexta-feira, 2, expuseram uma enorme insatisfação dos produtores rurais com ele. O clima de descontentamento permaneceu mesmo depois da matéria em que Lelis contextualiza o que disse durante reunião com representantes dos órgãos ambientais do Estado, na manhã dessa quinta-feira, 1º, para traçar estratégias de ação conjuntas contra o desmatamento ilegal. “Qual a agenda dele [Lelis] com o agronegócio, que a gente desconhece? A agenda dele é totalmente alinhada com o propósito ambientalista”, afirmou o presidente da Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (Aproest), Wagno Milhomem, sobre a afirmação do secretário de que o governo não é adversário do agronegócio.
NÚMEROS SEM COMPROVAÇÃO
Para Milhomem, “não podemos ter um agronegócio que não adote práticas sustentáveis, mas não podemos ter um ambientalista dizendo que está tudo errado”. “Apresentando números sem comprovação”, disse, questionando os 34% de desmatamentos ilegais que Lelis disse haver no Tocantins.
ALINHAMENTO COM RADICAIS
O presidente da Aproest defendeu que é preciso que se sentem produtores e governo para discutir a pauta ambiental. “Esquece as entidades ambientais neste momento. Depois a gente procura as entidades ambientais federais”, recomendou. Para Wagno Milhomem, Lelis está buscando “um alinhamento direto com os radicais ambientalistas”. “Está claro isso. Ele é do Partido Verde”, afirmou.
COMO CHEGOU AOS 34%
O líder ruralista defendeu ainda que o secretário precisa ir até as entidades do agro explicar como chegou ao índice de 34% de desmatamento ilegal. “Outro caminho que ele precisa fazer é mudar a postura. Ser neutro em relação a essa questão, em relação ao equilíbrio que tem que ter entre meio ambiente e segurança alimentar. Ele não pode ser só meio ambiente”, sugeriu.
CANDIDATO PADRE?
Em Nazaré, é forte o comentário de que o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) tem o desejo de ver uma candidatura a prefeito do pároco local, padre Josimar Campos. A cidade é comandada por Clayton Paulo (PTB), que, em 2022, trabalhou pela candidatura a governador do senador Irajá (PSD). Nas rodas políticas de Nazaré o que se diz é que o padre nega a possibilidade de candidatura aos mais próximos, mas que, em Palmas, estaria fazendo reuniões constantes sobre o assunto.
PADRE ESTEVE COM AMÉLIO
Inclusive, a coluna apurou que o padre foi recebido nessa quinta-feira, 2, pelo presidente da Assembleia, Amélio Cayres (Republicanos), que tem a ex-prefeita de Nazaré Maria Elvira como sua chefe de gabinete. Elvira foi adversária de Clayton em 2020, mas hoje é aliada do prefeito, com Amélio e também o deputado estadual Jorge Frederico (Republicanos).
SEM VAIDADES
O excelente resultado das forças de segurança com a redução a zero do número de homicídios em Palmas em janeiro tem por trás um trabalho coordenado e eficiente das Polícias Civil e Militar. Quando os assassinatos tiveram a escalada assustadora na Capital, o governador Wanderlei foi taxativo: não iria permitir guerra de vaidades entre as forças de segurança civil e militar. Assim, determinou que houvesse a integração entre as duas corporações, e foi o que efetivamente ocorreu. A PM criou imediatamente um batalhão especial, trazendo homens até do interior para Palmas, sem desassistir as demais cidades do Tocantins; e a PC cuidou das investigações que resultaram na prisão dos mandantes dos assassinos.
PODIA TER CITADO A PM
Contudo, agora há reclamação de policiais militares nessa sexta-feira, 2, em relação à forma como foi divulgado esse grande resultado do trabalho, com janeiro sem nenhum homicídio em Palmas. Para os descontentes, o secretário da Segurança Pública do Tocantins, Wlademir Mota Oliveira, poderia ter citado a PM pelo menos uma vez, mas deu crédito exclusivo à PC.
PODE DAR LIGA
O perfil do PSDB nacional no Instagram registrou o encontro do presidente do partido, Marconi Perillo, com o empresário e técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo. Os dois tiveram uma reunião na manhã desta sexta-feira, 2, em São Paulo. Em pauta, diversos temas: o PSDB, Palmas e a boa relação que Luxemburgo diz ter com a prefeita tucana Cinthia Ribeiro. “Foi uma boa conversa!”, afirma a postagem do PSDB nacional. Há quem diga que essa relação pode dar liga.
SOLIDARIEDADE À GOVERNADORA DE PE
E por falar em Cinthia Ribeiro, presidente do PSDB do Tocantins e do PSDB Mulher Nacional, ela divulgou nota em solidariedade à governadora tucana de Pernambuco, Raquel Lyra, que sofreu ataques do presidente da Assembleia daquele Estado, Álvaro Porto — que também é do partido –, em sessão de abertura dos trabalhos legislativos nessa quinta-feira, 1º.
CONVERSOU M**** DEMAIS
Quando Raquel Lyra cumprimentava os deputados, após discursar, Porto conversou com auxiliares com o microfone aberto. “O discurso de Dani [Portela, do Psol, líder da oposição] e da governadora deu uma hora [de duração]”, diz um interlocutor. Em seguida, Álvaro responde: “E o dela eu não entendi nada, conversou merda demais e não disse nada”. Outro interlocutor diz na sequência: “Podia ter perguntado onde é esse Estado” ao qual a governadora se referiu. “Eu também queria saber, está aberto aqui [o microfone]. Posso até perguntar”, disse Álvaro, em tom irônico. Durante discurso, Raquel Lyra elencou ações do governo em 2023 e fez promessas para 2024.
NÃO VÃO NOS EXCLUIR
Para Cinthia, “é lamentável e inaceitável” que a governadora de Pernambuco tenha sido “alvo de comentários machistas e desrespeitosos” por parte do presidente da Assembleia. “Enquanto presidente do PSDB-Mulher Nacional e prefeita de Palmas, repudio este tipo de comportamento, que não só é prejudicial para a dignidade e integridade das mulheres na política, mas também mina a própria essência da democracia e do respeito mútuo entre representantes eleitos”, afirma na nota. “O PSDB-Mulher Nacional combate atos de violência com objetivo de excluir a mulher do espaço político. E a fala do deputado Porto tentou desqualificar a governadora e intimidá-la com as palavras agressivas. E reforçando: ‘não vão nos excluir'”.