DEU O QUE FALAR
A 4ª edição do rodeio de Taquaruçu, na noite de sábado, 10, que tem o apoio do deputado estadual Léo Barbosa (Republicanos), deu o que falar. A festa reuniu o pai do parlamentar, governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), o senador Eduardo Gomes (PL) e a deputada estadual e pré-candidata a prefeita da Capital, Janad Valcari (PL). O presença dela foi o que motivo dos bochichos.
CONSOLIDAÇÃO?
Uns garantem que é a consolidação de uma suposta aproximação entre o Palácio e Gomes da pré-candidatura de Janad, o que é a grande expectativa da deputada.
A BUCHA É GRANDE
Gomes, que é presidente regional do PL, ainda não se pronunciou sobre qual pré-candidatura terá o aval da sigla. Isso porque a bucha é grande: além de Janad, estão na parada os deputados federais Filipe Martins e Eli Borges, o próprio Gomes é citado e até o ex-prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas.
TODO MUNDO QUER WANDERLEI
Do lado do Palácio, três nomes, pelo menos, também querem o apoio de Wanderlei, fora Janad: o deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos), o estadual Valdemar Júnior (Republicanos) – que dizem ter um olho na Capital e outro em Porto Nacional – e o secretário da Governadoria, Jairo Mariano (PDT).
SEM AVAL DO GOVERNADOR
Nos corredores do Palácio, a conversa é que a pré-candidatura de Jairo foi colocada em movimento pelo próprio, sem aval do governador. Ou seja, é o recado de fundo, Wanderlei não tem qualquer compromisso com o projeto de seu secretário, até porque, defendem, não estaria disposto a construir uma pré-candidatura do zero. Prefere algo já mais consolidado.
COMPENSAÇÃO
Há quem já dê como certo o apoio de Wanderlei a Janad. Até já apostam num pré-candidato a vice-prefeito, o vereador Pedro Cardoso (UB), filho deputado estadual Cleiton Cardoso (Republicanos). Os defensores dessa hipótese ainda avisam que seria uma forma de compensar Cleiton, deixado na chapada na eleição da mesa diretora da Assembleia, da qual era candidato a presidente até ter tido sua candidatura esvaziada em prol de Amélio Cayres (Republicanos).
FALA PODADA
O prefeito de Paraíso, Celso Morais (MDB), não gostou de não ter falado ao público na abertura da tradicional ExpoBrasil, na noite de quarta-feira, 7. Ele entendeu que sua fala foi podada pelo presidente do Sindicato Rural da cidade, Rogério Moraes, por diferenças políticas. Acontece que antes do rodeio tem sempre o hasteamento à bandeira e o hino nacional, seguido da fala dos políticos. O momento antecede o início do rodeio, o que mais interessa a quem vai à ExpoBrasil.
POR CONTA DO ATRASO
Contudo, segundo nota do Sindicato Rural, foi pelo atraso – dizem que já era próximo da meia-noite – que o presidente da entidade encerrou a abertura solene sem o tradicional pronunciamento dos políticos. Assim, conforme a entidade, somente o atraso, não a política, teria sido a razão de as autoridades não terem usado do microfone.
R$ 300 MIL
Mas o caso se transformou numa imensa crise política, e houve uma enxurrada de notas em favor do prefeito Celso Morais. A própria prefeitura repudiou “de forma veemente” o “gesto de indelicadeza e constrangimento causado pelo atual presidente do SRP, Rogério Moraes”. Para o município, o líder ruralista “feriu não apenas a administração municipal, como também pegou a própria diretoria do sindicato totalmente desprevenida, deixando-a surpresa e indignada com a atitude”. “A ética, o respeito e a dignidade foram ignorados”, dispara a nota da prefeitura, que lembra que a gestão do prefeito investiu R$ 300 mil na ExpoBrasil.
ATO ISOLADO
Ainda houve nota de solidariedade ao prefeito vinda da Câmara de Paraíso, da Associação Tocantinense de Municípios (ATM) – que chamou de “ato isolado da presidência do Sindicato Rural de Paraíso em romper com uma tradição da ExpoBrasil” –, e até da Associação Comercial e Industrial de Paraíso (Acip), que considerou que a fala de Celso foi “abortada […] sem motivo justificado”.
BANCADA APOIA CELSO
O deputado federal Vicentinho Júnior (Progressistas) e o senador Irajá (PSD) foram às redes sociais em apoio ao prefeito. “Nós que gostamos da cultura e dos costumes do sertão, das nossas raízes sertanejas, jamais concordaremos com tamanha falta de respeito e deselegância cometidas contra o prefeito de Paraíso do Tocantins, meu amigo Celso Morais. Uma Pecuária é local de respeito, e não o contrário!”, avisou Vicentinho. “O principal evento da cidade não pode ser palco para atitudes hostis ou de interesses particulares”, ponderou Irajá.
PALHAÇOS, RIDÍCULOS, DERROTADOS
No Twitter, sábado, a ex-senadora Kátia Abreu (PP) disparou alguns adjetivos nada elogiáveis aos deputados federais da base governista que assinaram pedido de impeachment contra o presidente Lula: “Palhaços, ridículos, derrotados. Só pra marcar posição? Não aguento”, avisou.
BOLSONARISTAS E O CONTO DA CAROCHINHA
Três bolsonaristas tocantinenses empedernidos tentam consertar o absurdo feito pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): autorizar obras na área de educação sem critérios técnicos e sem orçamento para sua execução de 2020 a 2022. Tudo para agradar justamente sua fiel base na Câmara, mas de forma totalmente irresponsável, como era perfil de quase tudo feito na gestão Bolsonaro. Assim, a senadora Dorinha Seabra (UB) – até ano passado, deputada – e os federais Vicentinho Júnior e Carlos Gaguim (UB) correm agora atrás do ministro Walton Alencar, do Tribunal de Contas da União (TCU) e relator do caso, para tentar salvar 25 obras no Tocantins que estavam nesse “conto da Carochinha” que Bolsonaro entoou para seus fieis seguidores, entre os quais esses três parlamentares tocantinenses.
NEM DE DIREITA, NEM DE ESQUERDA
Nas redes sociais, o deputado estadual Jorge Frederico (Republicanos) defendeu a despolitização do agronegócios. Para ele, “o Agro não pode ser tratado como de direita ou de esquerda”. “O ‘Agro’ é vocação de nossa região e necessidade básica de sobrevivência de nosso povo. Precisa ser despolitizado e fomentado cada vez mais. Gera emprego e renda em toda cadeia produtiva”, avaliou o parlamentar.