WANDERLEI NÃO RENUNCIA
O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) garantiu à coluna que está fora de seus projetos disputar as eleições de 2026. Ele é cotado como fortíssimo candidato a senador para daqui a dois anos. Contudo, o governador foi de uma claridade solar com a coluna ao assegurar que terminará seu mandato em dezembro de 2026 e que não renunciará em abril daquele ano para se desincompatibilizar e, assim, poder concorrer às eleições. “Não renunciarei de forma alguma. Terminarei meu mandato”, reforçou.
OPÇÕES: LAUREZ, DORINHA E AMÉLIO
Com isso, uma candidatura à sucessão de Wanderlei do vice-governador Laurez Moreira (PDT) se tornará mais difícil de ser construída, sem que ele se sente na principal cadeira do Palácio e tenha a caneta na mão. De outro lado, ganham força outras duas possibilidades: a senadora Dorinha Seabra Rezende (UB) — a maior aposta do meio político para a sucessão, no caso de não haver renúncia — e o presidente da Assembleia, Amélio Cayres (Republicanos).
QUEM ENFRENTARÁ?
Se esse grupo puxar o senador Eduardo Gomes (PL) para disputar a reeleição na majoritária palaciana, não sobrará um líder de grande competitividade na oposição. O Estado vive um gigantesco deserto de lideranças de peso para fazer frente ao Palácio. Momento ruim da nossa jovem e frágil democracia.
NO COMANDO DO MDB DE PALMAS
O ex-governador Marcelo Miranda é o novo presidente da comissão do MDB de Palmas. Ele foi nomeado no dia 6 pelo novo presidente regional do partido, o deputado federal Alexandre Guimarães. A comissão metropolitana, que tem validade até 6 de setembro, ainda conta com o ex-secretário estadual da Segurança Pública Herbert Brito Barros, o Dr. Buti, como tesoureiro; e a ex-secretária estadual da Educação Adriana Aguiar, Jorge Mendes e Thiago Simas como membros. O interessante aí é que Marcelo, que sempre foi eleitor de Araguaína, transferiu o título para a Capital.
PARA PT, VAGA DE IVORY É DA FEDERAÇÃO
Segmentos do PT defendem que a vaga do deputado estadual Ivory de Lira (PCdoB), em caso de licença, pertence à federação e é um suplente dela que deve ocupá-la. Ou seja, como a ex-deputada estadual Luana Ribeiro trocou o PCdoB pelo PSD — que não pertence à federação de PT, PCdoB e PV –, defende esse grupo, ela não poderia assumir a vaga de Ivory, que deve se licenciar para se dedicar à campanha pela Prefeitura de Miracema.
DEIXOU A FEDERAÇÃO
Mesmo com Luana dizendo que tem carta de anuência do PCdoB, petistas disseram à coluna que ela deixou a federação, que não a liberou. Se tivesse migrado para o PT ou PV, defende esse grupo, a ex-parlamentar teria a posse na Assembleia assegurada. Contudo, como não pertence mais à federação, sustentam, quem deve assumir é um suplente dessa tríade partidária. A segunda suplente da coalização é a também ex-deputada Amália Santana (PT) e terceiro, Edvaldo Soares (PT). Oficialmente, todo mundo desconversa, mas o debate interno é intenso.
PT DE GURUPI ESTÁ INDIGNADO
Por falar em PT, o partido está indignado em Gurupi pelo encaminhamento que se iniciou em direção da reeleição da prefeita Josi Nunes (UB). A federação fez uma visita à Josi nesta semana e indicou que pode embarcar no mesmo navio em que já estão UB, PL, Podemos, PRD e Agir. No grupo de WhatsApp do PT estadual o pau cantou, e muito. Primeiro porque o partido tinha um nome na disputa para prefeito, o professor Fabiano Kenji Nohama, que disse à coluna que sua pré-candidatura foi vetada no diretório municipal. “Mas estou fazendo recurso no diretório estadual e, se for necessário, levo o recurso à nacional do PT”, avisou. Professor Fabiano explicou o caso num vídeo:
PROCESSO DE VENDA
O pré-candidato critica o fato de o PT estar sendo levando ao chama de “processo de venda do partido” “às candidaturas à prefeitura da direita na cidade”. Além disso, ele ressaltou que esse processo ocorre “mantendo a militância do PT em Gurupi de fora”, “sem condições de dar opinião e muito menos em participar da decisão”.
REUNIÃO DA PANELINHA DO ZÉ ROBERTO
Professor Fabiano ainda ressaltou que a única pessoa do diretório municipal do PT presente ao encontro com a prefeita foi a militante Kellaba Veras, que é membro da executiva local e que ele disse que “sempre apoiou” o presidente regional, José Roberto — apontado como o comandante da manobra pró-Josi. “Eu, que sou do diretório, não fui nem avisado desta reunião”, lamentou Fabiano. “Em vez de chamar de ‘reunião do PT de Gurupi’, deviam chamar de ‘reunião da panelinha do Zé Roberto’. “Pressa para vender o partido, deixando a militância do PT de fora. Profunda falta de respeito com a esquerda na cidade de Gurupi.”
DESCALABRO
Outro que demonstrou indignação foi o ex-presidente da Fundação Unirg e militante histórico do PT, Sávio Barbalho. Ele simplesmente chamou de “descalabro” a decisão de rumar o PT para a campanha de Josi. “Essa decisão não passou sequer próximo a uma discussão com os petistas filiados em Gurupi. O mínimo que a direção estadual deveria fazer era promover um debate e oitiva dos filiados deste município”, defendeu Sávio. Para ele, a gestão de Josi Nunes “foi por demais obscura à comunidade gurupiense”. “Não bastasse a falta de efetividade às promessas feitas à comunidade como um todo, notadamente nas áreas sociais, o que vimos foi um total descaso com os servidores públicos e seus direitos”, avaliou.
NÃO SE PODE ESQUECER O DURO GOLPE
O petista ainda lembrou da retirada da autonomia da Unirg, através da Câmara, que ele já havia criticado duramente aqui na coluna. “Não se pode jamais esquecer o duro golpe dado contra a autonomia da Unirg, que tanto a apoiou no pleito passado. Uma governante que trai os compromissos e a memória do seu genitor, que atenta contra a liberdade de uma universidade, não pode ter o apoio de um partido como o PT”, disparou Sávio. “Particularmente, não tenho, em hipótese alguma, condição de participar deste apoio. Ao contrário, a não reeleição da referida senhora é tarefa de todo e qualquer gurupiense que tenha senso de cidadania, lute pela transparência administrativa e queira colocar fim à falta de compreensão e respeito à uma universidade que a duras penas busca crescer – leia-se, UnirG. A par de tal fato, a decisão isolada da direção estadual do PT dificilmente será seguida do apoio dos seus militantes, em especial, dos históricos.”
GOMES DIZ QUE NÃO MUDA O CARÁTER
O senador Eduardo Gomes (PL) avisou que não vai comentar as críticas que tem recebido de seu amigo e companheiro histórico de política Eduardo Siqueira Campos, hoje pré-candidato a prefeito de Palmas pelo Podemos. A coluna tentou, mas Gomes foi taxativo: não fala do assunto. “Não vou mudar meu caráter por causa de eleição”, encerrou a conversa sobre o tema.
QUEM É A “SAMARA DO POÇO”?
E a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), que causou o maior fuzuê nas redes sociais nessa quarta-feira, 12, ao disparar sem a devida contextualização: “Affff ! Gente feia, mal comida e mal amada dá um trabalho, né?! Nem mesmo no Dia dos Namorados a cafona da Samara do poço e seu gabinete do ódio me deixam em paz. Bora beijar na boca e ser feliz, meu povo!!!”. Todo mundo passou a se perguntar: quem é essa tal “Samara do Poço”?
A HORRIPILANTE PERSONAGEM
No cinema, Samara do Poço é a horripilante personagem da franquia “O chamado”, lançada em 2002. No primeiro filme, a atriz Daveigh Chase interpretava esse ser tenebroso, uma menina que saía do poço para atormentar a vida daqueles que assistiam à fita de um filme estranho.
GAMA DIZ QUE SUA PRÉ-CANDIDATURA É IRREVERSÍVEL
O pré-candidato a prefeito de Formoso do Araguaia pelo Republicanos, Guilherme Gama, garantiu à coluna que sua entrada na disputa é irreversível. “O Republicanos e o PDT seguem firmes na pré-candidatura. O que for para o bem de Formoso, conte com a nossa frente, porém, para o processo eleitoral, estamos decididos”, assegurou ao comentar o encontro que teve com o prefeito Israel Kawe (PSB) na XXXIII ExpoFormoso no final de semana.
SILENE BORGES SE DESPEDE TEMPORARIAMENTE
A jornalista e comunicadora Silene Borges (Rede) se despediu — temporariamente — do público que a acompanha na TV há 37 anos. Motivo: pré-candidata a vice-prefeita de Araguaína na chapa do ex-deputado federal Célio Moura (PT), a legislação a impede de fazer campanha e os programas de TV ao mesmo tempo. Por isso, está se afastando até outubro para se dedicar exclusivamente ao projeto eleitoral.