IRAJÁ RODOU
Reunião da bancada no Congresso nessa quarta-feira, 15, começou a redefinir as indicações para os cargos do governo federal no Tocantins. Uma primeira definição é que o senador Irajá (PSD) perdeu mesmo a Codevasf para a coordenadora dos congressistas, a senadora Dorinha Seabra Rezende (UB).
LUANA FICA DE FORA
Com isso, a ex-deputada estadual Luana Ribeiro, que seria a indicada de Irajá, fica sem a vaga de superintendente da Codevasf no Tocantins. O cargo será do assessor de Dorinha Cleber Pinheiro de Souza.
BOLSONARISTAS NO GOVERNO PETISTA
Outro bolsonarista, o deputado federal Carlos Gaguim (UB) vai indicar o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Estado. Também bolsonarista, o deputado Alexandre Guimarães (Republicanos) definirá quem vai para a Superintendência do Patrimônio da União (SPU), e o que se diz é que deve colocar Max Fleury, o Max do Baroli, no cargo.
PT FICA COMO ESTAVA
Outra definição é que o PT, partido do presidente Lula, vai ficar com as pastas que já haviam sido decididas inicialmente: Incra, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Correios, ICMBio, Delegacia Regional do Trabalho, Serpro, Pesca, Iphan, Cultura e Geap.
QUEM É BOLSONARO MESMO?
Como rei morto, rei posto, Dorinha, aguerrida defensora da reeleição de Jair Bolsonaro em outubro, foi indicada nesta quinta-feira, 16, como vice-líder do governo Lula no Senado, junto com Daniella Ribeiro (PSD-PB), Confúcio Moura (MDB-RO) e Weverton Rocha (PDT-MA). A lista dos vice-líderes foi enviada ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, por ofício do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
COISA DO PARTIDO
Em nota, Dorinha explicou-se: a indicação do seu nome para vice-liderança do governo no Senado “trata-se de uma decisão do meu partido União Brasil”. “Entendo que, como vivemos em um país democrático, onde mesmo com opiniões divergentes, é possível termos diálogo e debater os assuntos de interesse do Brasil. Cumprirei a responsabilidade definida pelo meu partido e pelo Bloco Democracia e, através dessa indicação, pautas como a educação e defesa das mulheres terão mais voz no Parlamento”, justificou-se a parlamentar, ex-defensora de Bolsonaro e agora defensora do governo Lula, claro, no Senado.
COINCIDÊNCIA?
Não se sabe se coincidência, mas no dia em que perdeu a Codevasf, o senador Irajá, que estava em lula de mel com o governo Lula, se manifestou no plenário da Casa contra a medida da gestão petista de voltar a exigir vistos de turistas da Austrália, Canadá, EUA e Japão. Ele disse que considera a decisão “um retrocesso” porque “vai impactar negativamente no nosso turismo, setor que é essencial para a geração de empregos”. “E fiz um apelo ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para que reveja essa decisão, que vai na contramão da expansão do turismo brasileiro”, contou o parlamentar.
MOVIMENTO CONTRÁRIO E FAVORÁVEL
Há um movimento favorável e outro contrário no PT sobre uma possível volta do ex-prefeito de Palmas Raul Filho (MDB) ao partido. Ele e a hoje vereadora Solange Duailibe deixaram a sigla depois de muito atrito com a cúpula petista no Tocantins, no início da década de 2010, depois que a então deputada estadual teve sua eleição para presidente da Assembleia boicotada pelo próprio PT, que apoiou a candidatura siqueirista do saudoso Raimundo Moreira.
ATÉ EXPULSÃO
Antes disso, os líderes petistas ainda não permitiram que Solange fosse candidata a senadora em 2010, e passaram a vaga para Paulo Mourão. Também houve a expulsão do casal pelo PT do Tocantins, revista pela executiva nacional. Solange voltou ao partido em 2020 e, por ele, se elegeu vereadora de Palmas.
DE BRAÇOS DADOS
O que se diz nos bastidores do PT é que Raul hoje tem o apoio de seu ex-desafeto Donizeti Nogueira e também do ex-deputado estadual Paulo Mourão, com quem mantém excelente relacionamento. Mesmo no MDB, Raul apoiou a candidatura de Mourão a governador no ano passado. Contudo, o ex-petista não abre para ninguém se quer ou não voltar ao partido. Nem à coluna, que, curiosa, tentou ouvi-lo.
MOVIDOS A FAKE NEWS
Foi incrivelmente absurda a mobilização de alguns líderes religiosos nesta quinta-feira, 16, contra uma suposta votação de um projeto de lei sobre linguagem neutra em Palmas. Como sempre, movidos a fake news, os fieis lotaram a Câmara para pressionar os vereadores por algo irreal. Não havia nenhum projeto nesse sentido em pauta. Apenas o veto da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) a um projeto de autoria do hoje deputado federal Filipe Martins (PL), de quando ele era vereador, que proibia a implantação da linguagem neutra nas escolas públicas e privadas e em concursos do município.
USO ELEITOREIRO
O veto, que considerava a matéria inconstitucional, por ser de alçada do Congresso, o que é até óbvio, foi mantido, com razão, pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação, por 3 votos a 1, nessa quarta-feira, 15. Agora precisa ser votado em plenário. Contudo, houve uso eleitoreiro, o que motivou levou os fiscais dos bons costumes, da família e de Deus ao Legislativo nesta quinta.
“DE MALANDRAGEM”
Um dos que lideravam a mobilização era o ex-deputado federal pastor Amarildo Martins, da Assembleia de Deus, pai de Filipe, que, num vídeo que circulou nas redes sociais, disse que o presidente da Câmara, José do Lago Folha Filho (PSDB), estava “de malandragem”. Para ele, Folha não teria colocado o veto em votação, enquanto “todes” os manifestantes estavam por lá, para “esvaziar os 12 votos que temos”. Então, para ele, assim que os “menines” parlamentares da “pátria, família e Deus” fossem embora, o presidente colocaria os “menines” vereadores dele em plenário, votaria e manteria o veto da prefeita.
Assista:
RECONHECEM A INCONSTITUCIONALIDADE
O pior desta história é que vários vereadores reconheceram, na tribuna, a inconstitucionalidade da matéria, mas avisaram que, mesmo assim, querem derrubar o veto. Lembrando que todos eles, ao tomarem posse, juraram respeitar, além da Lei Orgânica, as Constituições do Estado e do País.
PIVA, O DERROTADO
Na reeleição do presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Tocantins (Cosems), Rondinelly Souza, nessa quarta-feira, 15, o que se diz é que o secretário estadual da Saúde, Afonso Piva, também saiu derrotado. É que ele apoiou o segundo colocado, o secretário de Itapiratins, Amilton Pereira Lopes. Conforme a coluna apurou, Piva não queria que Rondinelly fosse eleito e entrou em campo para isso até no dia da eleição.
EMBATES CALOROSOS
Isso porque Piva e Rondinelly já tiveram embates calorosos nas reuniões da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), onde são aprovados recursos para saúde, entre outras ações relativas ao SUS.
ARAGUAÍNA E GURUPI
Também saíram derrotados os secretários de Saúde de Araguaína, Ana Paula Abadia, e de Gurupi, Sinvaldo Moraes, que compuseram a chapa de Amilton.
JUNTOS ATÉ O RACHA
Todos estavam juntos na gestão que está concluindo. Amilton é o atual diretor financeiro. Mas, no meio do caminho, acabaram rachando.