MAIS UM PROBLEMA PARA O UB
A pré-candidatura do ex-senador Eduardo Siqueira Campos à Prefeitura de Palmas gera mais um problema para o União Brasil, presidido no Estado pela senadora Dorinha Seabra Rezende, rumo a 2024. É que o partido já tem uma pré-candidata, a deputada estadual Vanda Monteiro, que disputou também em 2020, quando terminou na quinta colocação, com 11.079 votos.
JANADA QUER RECIPROCIDADE
De outro lado, o UB ainda tem a também deputada estadual Janad Valcari (PL), outra pré-candidata a prefeita da Capital, cujo grupo espera reciprocidade, pelo apoio dado à Dorinha para o Senado em 2022. Em Palmas, Janad foi majoritária em outubro, com 13.444 votos.
O SUBTEXTO DE EDUARDO
Em entrevista ao site Gazeta do Cerrado nessa quinta-feira, 23, Eduardo disse que não discutiu seu projeto eleitoral com o UB, mas que Vanda tem precedência sobre sua pré-candidatura e preferência no partido. Mas há um subtexto nessa entrevista: o ex-senador não falou em nenhum momento em retirar seu nome da disputa para apoiar a colega. Leitura da coluna: partidos, há outros.
O VELHO AMASTHA
Também na entrevista, outro destaque é o que Eduardo disse sobre um de seus fortes adversários na corrida sucessória, o ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB): “O Amastha sempre criticou o que chamava de velha política. Nesta campanha, o velho é o Amastha. Me desculpe, mas ele agora é o velho”.
PASTAS ESQUARTEJADAS
Tem fortes aliados do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), na Assembleia e na bancada federal, reclamando de terem recebido a cabeça da secretaria, mas que o corpo da pasta foi todo fatiado. Eles gostam da chamada “porteira fechada”, mas o governador preferiu “esquartejar” para atender o máximo de aliados.
POLÍTICA DE COLINAS EM CHAMAS
A política de Colinas parece a mais incendiária do Estado. A última são os áudios que estão circulando do empresário Raimundo Nonato da Silva Garcia, o Tatu, que diz que ter comprado votos para a eleição de vereador e atual presidente da Câmara, Leandro Coutinho (PT). Os áudios foram feitos depois de Tatu, segundo o próprio, ter sido criticado por Coutinho por arrumar emprego para uma cunhada na gestão do prefeito Josemar Kasarin (UB), adversário do petista. O empresário afirma que teria comprado os votos para Coutinho justamente em troca de emprego para essa cunhada, que teria sido abandonada à sorte depois das eleições. A coluna tentou ouvir o presidente da Câmara, mas ele não respondeu a mensagem até o fechamento desta nota.
CADA UM RESPONDE POR SEUS ATOS
Coutinho disse à coluna que tem “a consciência tranquila”. “Cada um deve responder por seus atos. Não comprei votos e se alguém o fez com o próprio dinheiro, nunca soube e nunca autorizei, e quem fez deve responder por isso”, afirmou. Ele ressaltou que nunca teve empregos na gestão do município. “Nem na do Adriano [Rebelo, 2017-2020], nem na do Kasarin. Sou independente”, avisou.
FAKE NEWS
Segundo o presidente da Câmara, após ter colocado seu nome como pré-candidato a prefeito começou a receber “muitos ataques”. “Com muitas fake News”, afirmou.
SURREAL
É surreal que a Câmara de Palmas tenha ficado por uma semana e meia discutindo o improfícuo tema da linguagem neutra. Começou semana passada e atravessou toda esta semana martelando no mesmo tema.
FRITANDO OS COLEGAS
Está muito claro que os oito vereadores contrários querem “fritar” os 11 colegas (e adversários de 2024) que mantiveram o veto da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) ao projeto do então vereador Filipe Martins (PL), hoje deputado federal, que queria proibir a linguagem neutra em Palmas. A ideia é jogar, mesmo que nas entrelinhas, que eles permitiram ao menos a possibilidade de a tida como “armadilha do demônio satanista” – a linguagem neutra nas palavras do vereador Marilon Barbosa (UB) – ser implantada na Capital, quando, na verdade, não se discutiu o mérito, mas a constitucionalidade.
É INCONSTITUCIONAL
Ou seja, quem votou para manter o veto concordou com o município que a matéria é inconstitucional. Tão somente isso. E, como todos os juristas já se manifestaram, o projeto de Martins é claramente inconstitucional, porque não cabe ao município, mas à União regulamentar essa temática.
TOUCHÉ!
Claro que os 11 vereadores estão percebendo a “fritura” a que estão sendo submetidos e tentam reagir nessa esgrima delicada em que se busca golpeá-los com a pré-campanha de reeleição já ganhando velocidade. Perspicaz, um dos que miraram no ponto foi o vereador Clayzer Magono Duarte (PDT), o Nego do Palácio. “Eu vejo como a população de Palmas não tem consciência do que foi votado aqui. […] Foi pregado e todo mundo que me liga quer saber sobre ‘a aprovação da linguagem neutra’”, contou ele, num aparte ao discurso do “espadachim” Rubens Uchôa (UB). “A população está entendendo que foi aprovada a linguagem neutra. Então, a imagem que foi para fora é totalmente distorcida do que foi apresentado aqui”, concluiu Nego. Touché!
PROJETO ANTI-INVASÃO
O deputado federal Lázaro Botelho (Progressistas) apresentou o projeto de lei nessa quinta-feira, 23, que impede que invasores de propriedades rurais sejam beneficiários de programas relacionados à Reforma Agrária, regularização fundiária ou linhas de crédito voltadas ao setor. Segundo o deputado, o objetivo é contribuir com a regularização fundiária, reduzir o índice de invasões às propriedades rurais e de instabilidade no campo. Lázaro está chamando a iniciativa de “projeto anti-invasão”.
SGB NO TOCANTINS
O Serviço Geológico do Brasil (SGB), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, implantou na quarta-feira, 22, seu primeiro núcleo no Tocantins, com apoio da Agência de Mineração do Estado (Ameto) e da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS). A expectativa é de que a instalação do núcleo irá possibilitar a ampliação de ações e projetos nas áreas de geologia, recursos minerais, geofísica e hidrogeologia na região Norte. O órgão quer investir R$ 6 milhões no mapeamento geológico do Estado, em parceria com o governo do Tocantins. A unidade funciona em Palmas, na sede da ATS.
DE OLHO NA CÂMARA
Assessor do gabinete do deputado estadual Eduardo Mantoan (PSDB), Wagner Amaral articula para disputar vaga na Câmara de Palmas pelo PSDB em 2024. Ele é natural de Tocantinópolis, treinador de futebol e sempre trabalhou com crianças e adolescentes, o que já lhe rendeu o cargo de conselheiro tutelar da Capital, para o qual eleito com 462 votos.
DPE EM PARAÍSO
O prefeito de Paraíso, Celso Morais (MDB), se movimenta para doar um lote do município no setor Jardim Paulista para a construção da sede própria da Defensoria Pública do Tocantins na cidade. Esse foi o motivo da visita que Morais recebeu na quarta-feira, 22, da defensora pública-geral do Estado, Estellamaris Postal, e equipe. Segundo o prefeito, se o local atender as demandas da DPE e o processo for aprovado, a oficialização da doação será realizada através de um projeto de lei que será enviado à Câmara.