MDB ABERTO A GEO
O presidente metropolitano do MDB, o ex-governador Marcelo Miranda, disse que o partido esteve aberto, sim, à filiação do hoje candidato a prefeito de Palmas pelo PSDB, Júnior Geo. Como a coluna trouxe nessa segunda-feira, 26, diretores de escolas municipais contaram à coluna que Geo disse no encontro com eles semana passada que foi impedido de ingressar no MDB e no Solidariedade. Marcelo, por sua vez, disse que foram dois convites para o deputado cerrar fileiras com os emedebistas: um partiu dele próprio em numa solenidade na Assembleia no final do ano passado e outro feito por Dr. Buti tempos depois.
OPORTUNIDADE PARA CONVENCER
O ex-governador admitiu, contudo, que o MDB já havia feito compromisso de apoiar a candidata do PL, Janad Valcari, em Palmas, mas garantiu que a sigla estava disposta a dar oportunidade para que Geo a convencesse da viabilidade de sua candidatura.
MILITANTE DE IRISNETE PROVOCOU, DIZ CAMPANHA DE NETO
O candidato a prefeito de Ipueiras pelo Progressistas, Neto Aires, disse que a confusão de sábado, 24, à tarde que levou duas viaturas da Polícia Militar a um evento de sua adversária, Irisnete (PSD), foi resultado da provocação de um militante dela que se dirigiu ao comitê e chamou seus correligionários para a briga. Em seguida, encontrou um apoiador do progressista na rua e o agrediu. Neto contou não ter presenciado o episódio e que só soube depois do ocorrido. A campanha de Irisnete classificou a abordagem dos PMs ao evento de “injusta e arbitrária”, após denúncia de que um jovem estaria armado e com drogas no local. O suspeito, conforme da campanha do PSD, vistoriado, nada foi encontrado com ele. Após confusão com a militância da candidata de situação, os policiais foram embora.
ATOS DE VANDALISMO
Já a coordenadora da juventude da campanha de Neto, Alice Marinho, que presenciou o ocorrido, confirmou em nota que o candidato do Progressista e sua vice, Val, “não têm qualquer relação com as denúncias feitas”. Segundo ela, tudo começou quando um dos eleitores de Irisnete chegou o local onde estavam os militantes de Neto “e começou a praticar atos de vandalismo”. Aline disse que, em razão da segurança de todos os presentes, a polícia foi acionada e “cumpriu o seu papel de proteger o cidadãos”. “Nosso compromisso é com a paz, o respeito e a promoção do diálogo saudável entre todos os envolvidos”, afirmou a coordenadora da juventude na nota. A campanha de Neto apresentou um vídeo em que dois homens de moto perguntam para o grupo do progressista se “quer trocar porrada”.
Assista:
MÁXIMUS E MORTE DE MOISÉS DA SERCON
O publicitário Fidel Costa fez nas redes sociais uma relação da Operação Máximus, da Polícia Federal, que tem como alvo o Judiciário tocantinense, com a falta de respostas para o assassinato de seu irmão, o prefeito de Miracema, Moisés da Sercon, crime que completará seis anos na sexta-feira, 30. Ele disse na postagem sobre sua tristeza com a operação contra o Poder Judiciário do Estado e afirmou que “é pior ainda para quem sofre a dor na pele, como é o caso da minha família e muitas outras, que lutam por justiça e a resposta não chega”. Depois pergunta: “Fica a dúvida: será se o silêncio sepulcral da Secretaria da Segurança Pública e do Poder Judiciário nestes seis anos tem dedo poderoso para que o caso do prefeito de Miracema Moisés da Sercon não seja descoberto?”
NÃO É ASSESSOR DO TIO
O candidato a prefeito de Almas pelo Republicanos, Goianyr Barbosa, gravou vídeo em que garante que o filho dele, o advogado Thiago Barbosa, não tem qualquer envolvimento com a Operação Fame-19, da PF, que investiga suposto desvios de recursos para cestas básicas durante a pandemia da Covid-19. Ele disse que o inquérito que cita o advogado “começa errado” ao dizer que Thiago é assessor do tio, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos). “Nunca foi nem de governo nenhum”, assegurou Goianyr. “Principalmente no governo Wanderlei. Eu reuni meus filhos e falei: ‘Vocês não vão trabalhar no governo’”, contou o também jornalista, que é cunhado de Wanderlei. Ele disse que o governador lhe ofereceu cargo no primeiro escalão, mas Goianyr revelou ter recusado para evitar acusação de nepotismo. “Até para isso tive os cuidados necessários”, afirmou.
SE PROVAR RENUNCIA À CANDIDATURA
O candidato a prefeito de Almas pelo Republicanos disse que a família vai querer que o delegado da PF traga as provas “de fala do meu filho com esses que operavam na Fame-19”. Goianyr disse que pediu ao filho para disponibilizar suas contas bancárias à Justiça antecipadamente. “Por que não temos medo quanto a isso”, avisou para lançar um desafio a seguir: “Se provarem envolvimento do meu filho com qualquer uma das operações aí, eu renuncio à minha candidatura de prefeito”.
CONFIA NA LISURA DO FILHO
Goianyr disse que um ex-prefeito de Almas o apontou como suspeito nos casos investigados pela PF, por isso, pediu que o acusador leve esse vídeo que ele gravou para a corporação. “Você mesmo entrou com duas ações contra mim e em nenhuma você obteve êxito”, ressaltou o jornalista. Por fim, o candidato do Republicanos disse que o filho foi criado sob o rigor da ética cristã. “Confio na lisura do meu filho”, avisou. “Vocês estão é com medo da minha candidatura a prefeito, que hoje está viabilizada, está nos braços do povo.”
Assista:
TEXTO EM REDES SOCIAIS
O próprio Thiago Barbosa também emitiu nota em que diz que um texto em redes sociais afirma que ele é apontado como responsável pela captação de valores e supostos repasses ao governador Wanderlei Barbosa. “Esclareço em primeiro lugar que não sou investigado, não fui indiciado, não sofri busca e apreensão e/ou alguma medida cautelar pelo Superior Tribunal de Justiça”, afirmou o advogado. “Por outro lado, ressalto que nunca fui servidor do governo Wanderlei Barbosa e muito menos do governo Mauro Carlesse, sendo este último o responsável pelas compras de cestas básicas no período da pandemia.”
EXCLUSÃO DO NOME
Thiago informou que está peticionando junto ao Superior Tribunal de Justiça para exclusão do seu nome do processo. “Confio na Justiça e tenho absoluta certeza que ao fim desse processo restará provada a ausência da autoria delitiva. E um aviso aos incautos: quem fizer menção ao meu nome de forma leviana e irresponsável, com o objetivo de ferir minha honra ou da minha família, será chamado à barra dos tribunais para apresentar as provas das acusações e arcará com as penalidades que a lei impõe”, avisou.
ATOS IRRESPONSÁVEIS
Uma confusão marcou também a campanha eleitoral de São Miguel, no Bico do Papagaio, na noite de sábado, 24. É que uma carreata da campanha do prefeito Alberto Moreira (Republicanos) — à esq. na foto — acabou se cruzando com o adesivaço realizado pelo grupo da oposição comandado pelo candidato Dr. Fialho (PDT). Em nota de repúdio, a coligação do Dr. Fialho classificou de “atos irresponsáveis” a carreata adversária e disse que “colocou a vida de pessoas em risco”.
AMPLAMENTE DIVULGADO
Conforme a oposição de São Miguel, o adesivaço na Feira do Produtor, no centro da cidade, foi protocolado junto à PM, com previsão para ocorrer das 16 horas às 22h30, e, diz o grupo, “amplamente divulgado, garantindo que todas as normas de segurança e legais fossem respeitadas”.
RISCO À VIDA DE INOCENTES
Segundo a nota de repúdio da coligação do Dr. Fialho, a decisão da campanha de situação de passar pelo mesmo local do adesivaço “gerou caos, colocando em risco a vida de pessoas inocentes — crianças, mulheres e idosos — que apenas queriam participar de um evento pacífico”. Segundo a nota, durante o tumulto, uma mulher foi agredida por um funcionário público, o que já está sendo investigado.
JANAD E JORGE FREDERICO FORAM, SIM, SOLIDÁRIOS A WANDERLEI
Diferente do que a coluna informou nessa segunda-feira, 26 [a nota foi apagada pouco depois da publicação], a deputada estadual e candidata a prefeita de Palmas Janad Valcari (PL) e o deputado estadual e candidato a prefeito de Araguaína Jorge Frederico (Republicanos) se solidarizaram, sim, com o governador Wanderlei Barbosa e seus filhos diante das acusações que pesam contra eles na operação Fames-19, da Polícia Federal. A manifestação de Janad e Jorge foi publicada no mesmo dia da operação, na quarta-feira, 21.
GOVERNADOR E FILHOS SÃO VÍTIMAS
Para Janad, o governador e filhos “estão sendo vítimas”. “Trata-se de investigações referentes a um período em que Wanderlei Barbosa era vice-governador e, portanto, não tinha poder para direcionar recursos e políticas públicas”, sustenta a nota da candidata do PL. “A deputada confia na Justiça, na disposição do governador de colaborar com as investigações e roga que o caso tenha um desfecho o mais rápido possível, para que o Tocantins continue respirando os ares de estabilidade política trazidos pelo atual governo, do qual tenho a honra de fazer parte de sua base de apoio na Assembleia Legislativa”, fecha a nota.
MELHOR GOVERNADOR DO TO
Já o candidato governista de Araguaína, Jorge Frederico, se manifestou pelo X (o antigo Twitter), e disse que reitera sua confiança “no melhor governador da história do Tocantins”. “Wanderlei faz a gestão de maior credibilidade e transparência que este estado já viu, sem jamais se esquecer de nossa gente”, afirmou Jorge.
BILHETE DO CT PARA DAMASO
Amigo,
Nessa segunda-feira, 26, fui surpreendido. Primeiro quando recebi um material de sua campanha e depois com uma ligação chateada por eu ter lembrado que você não emitiu nota pública de solidariedade ao governador Wanderlei, seu principal aliado na disputa pela Prefeitura de Paraíso, pela Operação Fame-19. Minha surpresa foi saber que sua campanha está viva! Fiquei feliz com isso. Não tenho visto qualquer movimentação eleitoral sua já há bastante tempo. A última que chegou ao meu conhecimento foi a convenção ainda no dia 1°. Desde então um vácuo completo.
Quem chega depois tem que correr mais. Sua candidatura começou praticamente em abril, com movimentos públicos anteriores isolados aqui e ali, nada de muita relevância. Enquanto seu adversário já é prefeito há 3,5 anos e foi vice nos outros 4 anos anteriores.
Me dizem que você tem sérias críticas à gestão de Celso Morais, que você questiona a falta de obras próprias do município e ainda a não aplicação de recursos de emendas (algumas delas estariam paradas). Mas sei disso por terceiros. Será que não falta ao amigo trazer pessoalmente esse debate a público? Com sua voz poderosa, com sua autoridade e liderança inquestionáveis, com a marca da seriedade que o diferencia, isso teria um peso enorme para o processo eleitoral de Paraíso. Celso terá que responder suas críticas diretas, mostrar que fez obras e aplicou bem os recursos. Se não responder ao debate e fugir das respostas, é a sociedade que vai que começar a se questioná-lo. Por outro lado, o prefeito não tem porquê dar satisfação a críticas terceirizadas pela campanha da oposição.
Mas me preocupei porque me disseram que sua estratégia é baseada somente em reuniões intensificadas nesses dias e em colocar terceiros a responsabilidade de gerar esses debates em grupos de zap, que são compostos por malucos que se xingam, memes que se atropelam e uma audiência que só curte fuxico que não são capazes de promover uma reflexão séria. Campanha precisa disso tudo. Mas não se esgota aí.
Gosto do prefeito Celsinho, e o tenho como uma das boas novidades da política do Estado. Mas vejo você como um dos maiores líderes do Tocantins, um grande gestor, que muito tem a contribuir para o debate eleitoral de Paraíso. Qualquer que vencer em 6 de outubro será um prefeito altamente qualificado.
Mas para ganhar um debate é preciso que o debate exista. E sua campanha não está chamando o debate e é a ela que ele interessa. Por isso, não estou entendendo uma movimentação eleitoral totalmente insossa, incapaz de despertar o interesse para a sua candidatura até mesmo de quem tem por obrigação acompanhar o dia a dia das eleições, como este reles operário das letras que sou.
Desculpe minha intromissão. Sei que não é da minha conta. Mas é que Paraíso tem tudo para oferecer um debate mais enriquecedor que meras denúncias de tempos de eleição. E esse papel cabe ao amigo, não ao prefeito, que, imagino, deve estar gostando do ritmo eleitoral suave a que é submetido.
Saudações democráticas,
CT