A PRESSA DA ALETO EM HOMENAGEAR SIQUEIRA
Os deputados não quiseram esperar e correram para aprovar o projeto que dá o nome do ex-governador Siqueira Campos ao Palácio Araguaia, um dia após o sepultamento do maior líder da história do Estado. Segundo a coluna apurou, a iniciativa do projeto foi do próprio presidente do Legislativo, Amélio Cayres (Republicanos), e contou com apoio unânime dos colegas. A pressa toda, conforme a leitura feita nos bastidores, foi para que a homenagem se confirmasse antes de a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), implementar a mudança do nome da Avenida Teotônio Segurado para Avenida Governador Siqueira Campos.
SIMPÁTICOS
Boa parte dos deputados, diga-se, é simpática à pré-candidatura de Janad Valcari (PL) a prefeita de Palmas. A parlamentar é inimiga figadal de Cinthia.
VANDA VOTOU, MAS NÃO GOSTOU
A deputada estadual Vanda Monteiro (UB) votou favorável, mas não satisfeita. Ela preferia dar o nome de Siqueira à Praça dos Girassóis. Numa discussão sobre o tema com colegas, ela se sentiu desrespeitada e chegou a chorar.
BOLSONARO PERDE FORÇA NA BANCADA
A votação do texto básico da reforma tributária mostrou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) perdeu força junto à bancada do Tocantins. Nas eleições do ano passado, com exceção de Ricardo Ayres (Republicanos), que se manteve em silêncio, todos os outros sete parlamentares defenderam a reeleição de Bolsonaro com unhas e dentes. Nessa quinta-feira, 6, o ex-presidente apostou toda a sua força para tentar derrubar o projeto, mas foi derrotado com a ajuda até de 20 deputados de seu partido. Do Tocantins, os dois pastores-deputados do PL, Eli Borges e Filipe Martins, mostraram que se mantêm extremamente fiéis ao “mito”. Os demais parlamentares tocantinenses deram um tchauzinho para Bolsonaro e seguiram Lula, Haddad, Tarcísio e Lira.
TIRO NO PÉ DOS PASTORES
Os dois pastores-deputados, contudo, podem ter dado um tiro no pé ao votarem contra o projeto, porque o texto ampliou a isenção de impostos para entidades religiosas, permitindo que qualquer organização ligada a igrejas também não paguem tributos. O jabuti foi colocado pelo relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que afirmou ter sido um pedido da bancada evangélica, cujo líder maior é justamente o tocantinense Eli Borges.
Veja o que diz o texto:
“Para fins do disposto no inciso II, serão observadas as imunidades previstas no art. 150, VI, não se aplicando a ambos os tributos b) entidades religiosas, templos de qualquer culto, incluindo suas organizações assistenciais e beneficentes; entidades religiosas, templos de qualquer culto, incluindo suas organizações assistenciais e beneficentes”.
MOMENTO HISTÓRICO
Já o deputado Ricardo Ayres foi para as redes sociais comemorar a aprovação do texto da reforma tributária. Para ele, “este é um momento histórico tanto para o Brasil quanto para o Congresso Nacional”. “Há mais de meio século em debate, esperamos por uma reforma tributária justa e eficiente, que proporcione segurança jurídica, dê equilíbrio e amplie o desenvolvimento social”, afirmou o parlamentar tocantinense.
NÃO É DE ESQUERDA OU DE DIREITA
Ayres avaliou ainda que essa reforma “busca simplificar o sistema de tributação e impulsionar o progresso do país”. “A iniciativa vai além das divisões político-partidárias, não sendo uma pauta de esquerda ou de direita, mas sim uma conquista que abraça e impulsiona o Brasil como um todo”, defendeu.
RACIONALIDADE EM MEIO À IRRACIONALIDADE
O deputado federal Vicentinho Júnior (PP), que tem se mostrado um bolsonarista empedernido, foi se explicar nas redes sociais sobre o voto favorável. O séquito do “mito” estava exigindo que os fieis parlamentares de Bolsonaro votassem contra o projeto – os 20 do PL que o “traíram” chegaram a ser chamados de “comunistas” no plenário da Câmara. Diante dessa pressão, Vicentinho tentou mostrar a racionalidade de seu voto favorável a um público que opta pela irracionalidade.
NÃO É A IDEAL, MAS A POSSÍVEL
Entre os pontos destacados pelo deputado tocantinense estão o fato de que os impostos no Brasil precisam ser mais simples e transparentes; que não pode haver aumento de impostos (o texto do relator da PEC incluiu essa proibição); que a cesta básica ficará mais barata; que a reforma preserva um ambiente saudável para o Estado e municípios (com o apoio publicitado da ATM); e preserva o ambiente econômico para o agro brasileiro. “Pode não ser a melhor ou ideal, mas é a possível ao momento que tanto precisamos simplificar”, defendeu, corretamente, Vicentinho.
ELOGIOS DE KÁTIA A TARCÍSIO
Já a ex-senadora Kátia Abreu (PP) elogiou um dos personagens centrais das articulações que resultaram na aprovação da reforma tributária, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Agiu com espírito público ao apoiar a reforma tributária, que é para o Brasil e não para partidos de oposição ou da base. O sistema tributário atual está falido e impede o Brasil de crescer”, afirmou Kátia.
DESAVENÇAS SUPERADAS
Confirmando a superação das desavenças do passado, o ex-governador Marcelo Miranda (MDB) compareceu ao velório de Siqueira Campos. Inclusive, os rusgas entre os Miranda e o líder utista foram abordadas, implicitamente, no discurso do ex-senador Eduardo Siqueira Campos, que contou que o pai deixou um pedido de perdão a quem se sentiu ferido na sua jornada. Eduardo citou Marcelo nominalmente na fala. Uma página que foi virada há algum tempo para o bem do Tocantins.
HOMENAGEM A SIQUEIRA
Tanto que Marcelo e Eduardo estiveram juntos numa solenidade na gestão do ex-governador pelo MDB. Depois Marcelo gravou uma mensagem para os 93 anos de Siqueira, comemorados em 2021, com um grande evento online organizado pelo senador Eduardo Gomes (PL).
CAPITAL POR UM DIA
O deputado estadual Jorge Frederico (Republicanos) comemorou a aprovação de seu projeto na Assembleia que torna Araguaína capital por um dia. “Esta é a forma mais genuína de reconhecer o esforço que o povo araguainense fez durante a construção do Tocantins, além de exaltar a potência econômica que é a cidade”, afirmou o parlamentar. Será em novembro, mês de seu aniversário, que Araguaína será a capital do Tocantins, como ocorre com Miracema em dezembro. A data será definida pelo Executivo.
DE VOLTA À CÂMARA
O ex-vereador Alexandre Ribeiro é visto como uma das opções para voltar à Câmara de Porto Nacional no ano que vem pelos moradores do sudeste da cidade, região conhecida por “Casinhas”, que abarca setores como Padre Luso, Granvilly, Imperial e São Francisco. Essas comunidades têm enfrentado dificuldades de representação e sofrido com a falta de infraestrutura, com a carência de serviços básicos e de atenção.
SEXTOU!
O deputado estadual Olyntho Neto (Republicanos) apresentou projeto de lei na Assembleia que concede benefícios fiscais para “incentivar, fortalecer e baratear as cervejas e chopes produzidos no Tocantins”. Em meio à concorrência dos grandes, boa iniciativa para a indústria regional.