PRESSÃO TOTAL
A pressão é enorme para que o governador reeleito Wanderlei Barbosa (Republicanos) declare apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Além do vídeo gravado pelo deputado federal reeleito Carlos Gaguim (UB) com Bolsonaro, que pede o apoio diretamente a Wanderlei, há vários grupos de pressão sobre o Palácio Araguaia, tentando reverter a decisão do governador de se manter neutro.
LIGOU PARA DEPUTADOS
Conforme a coluna apurou, Wanderlei chegou a ligar para os três deputados federais eleitos pelo Republicanos – Ricardo Ayres, Antônio Andrade e Alexandre Guimarães –, sigla da qual o governador é presidente regional, para pedir que não se manifestem em qualquer direção.
CONFIAM QUE CEDERÁ
Contudo, os grupos de pressão estão confiantes de que Wanderlei possa ceder em pouco tempo.
WANDERLEI DESCANSA, OU TENTA
O governador tirou os próximos dias para descansar, ou pelo menos tentar. Ficará longe das atividades até sábado, 8, mas os lobistas não querem dar folga a ele e cobram um posicionamento imediato. No Palácio, a informação é de que, por enquanto, o governador se mantém firme na posição de neutralidade.
A BOLSONARISTA “MÃE DO FUNDEB” E O CORTE DO MEC
Chamada durante toda a campanha de “mãe do Fundeb”, a senadora eleita Dorinha Seabra Rezende (UB) ficou numa saia justa. Estava ao lado de Bolsonaro nessa quarta-feira, 5, em Brasília, manifestando seu apoio à reeleição, quase ao mesmo momento em que o País estarrecido ficava sabendo que houve um corte de R$ 2,4 bilhões do Ministério da Educação, atingindo em cheio universidades e institutos federais. Depois dos protestos, o governo resolveu “devolver” R$ 1,6 bilhão.
QUER REELEIÇÃO, MAS NÃO O DESGASTE
Numa reação à repercussão negativa, Dorinha já tratou de enviar material à imprensa em que afirma que “continuará em defesa da educação e contrária aos cortes feitos”. No entanto, é bom lembrar que , sabidamente, o governo Bolsonaro, cuja reeleição ela defende, foi um desastre para a educação. No ministério, o presidente trocou de titular várias vezes e a pasta está envolvida num lamaçal de corrupção, em que até pastores estavam fazendo corretagem de recursos para os municípios. Ou seja, a senadora eleita do Tocantins quer emprestar sua força eleitoral, mas não quer assumir o desgaste de Bolsonaro.
NEM FALOU DE BOLSONARO
Bom observar ainda que, durante a sua campanha, em nenhum momento Dorinha sequer citou o nome de Bolsonaro.
TARDE DEMAIS
Várias mensagens de arrependimento pelo voto em Dorinha chegaram à coluna. Claro, tarde demais. Agora só daqui a oito anos.
DE OLHO NO MEC?
Para críticos, Dorinha estava no cercadinho de Bolsonaro de olho no comando do Ministério da Educação — reforçando: ocupado até agora por malucos e um pastor suspeito de envolvimento com corrupção. A senadora eleita do Tocantins, sem dúvida, seria um nome muito melhor do que qualquer um desses aluados que Bolsonaro colocou para comandar a pasta.
BUFFON , BOLSONARISTAS ENTUSIASMADO
O primeiro suplente de Dorinha, Maurício Buffon (PTB), diga-se, é um bolsonarista juramentado do Tocantins. Ex-presidente da Associação de Produtores de Soja no Estado (Aprosoja), como quase todos os ruralistas, Buffon é entusiasta defensor do presidente da República.
CORAGEM OU QUER MINISTÉRIO?
Já a senadora Kátia Abreu (PP) correu ainda na segunda-feira, no dia seguinte à eleição, para declarar apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De um lado, quem a elogia, vê uma demonstração de coragem. Para os críticos, a senadora estaria de olho na vaga de Ministra da Agricultura, uma vez que estará “desempregada” ano que vem.
VICENTINHOS PAI E FILHO SE MANTÊM DIVIDIDOS
Os Vicentinhos continuarão divididos na eleição presidencial. O ex-senador Vicentinho Alves (PP) vai pedir voto para o ex-presidente Lula. Já o deputado federal Vicentinho Júnior (PP), que compôs base do governo do PT na gestão de Dilma Rousseff, ficará com o Bolsonaro.
DERVAL E RAUL VÃO DE LULA
No MDB, Derval de Paiva avisou à coluna que ele e o ex-prefeito de Palmas Raul filho, do qual foi vice, vão apoiar Lula neste segundo turno. Para governador do Tocantins, os dois apoiaram o petista Paulo Mourão, apesar de o MDB ter fechado aliança com Ronaldo Dimas (PL).
JÁ DE OLHO NA PREFEITURA
Uma singela, mas curiosa mudança nas redes sociais de Carlos Amastha (PSB) chamou a atenção. Terceiro colocado na disputa pelo Senado Federal [100.649 votos • 12,83%], na eleição de domingo, 2, o pessebista trocou o nome de usuário no Instagram e no Facebook para adicionar “2024” ao seu nome, ano de processo eleitoral nos municípios. Começou a campanha de prefeito.
QUATRO PRÉ-CANDIDATOS
Além de Ivory de Lira (PCdoB) e Amélio Cayres (Republicanos), outros dois deputados estaduais estão de olho na presidência da Assembleia: Nilton Franco (Republicanos) e Cleiton Cardoso (Republicanos).